Publicado em 17/04/2024, às 13h00 por Redação Pais&Filhos
O aborto espontâneo representa uma realidade dolorosa que pode afetar mulheres em qualquer fase da gestação, destacando-se um maior risco em determinadas idades. Pesquisas indicam que cerca de 15% das gravidezes resultam em aborto espontâneo, com uma incidência menor, de aproximadamente 10%, em mulheres até 30 anos. Esse índice aumenta significativamente com a idade, alcançando de 20% a 25% entre as mulheres de 40 a 44 anos, conforme aponta Dr. Marcio Coslovsky, ginecologista e especialista em reprodução humana.
Segundo o Dr. Coslovsky, cerca de 60% dos casos de aborto espontâneo estão associados a anomalias no desenvolvimento fetal, como problemas cardíacos ou cromossômicos. "É como um mecanismo do corpo: quando o embrião começa a se formar e há alguma alteração no coração ou mesmo nos cromossomos, ele para de se desenvolver”, conta o especialista.
Além disso, doenças como a trombofilia, que afeta a coagulação sanguínea, e questões imunológicas podem levar ao aborto espontâneo. “Diabetes e hipertensão descontroladas e defeito congênito do útero são causas menos frequentes, mas também estão associadas ao aborto espontâneo”, explica Dr. Marcio.
A prevenção passa pelo planejamento cuidadoso da gravidez. Uma gestação planejada permite à mulher preparar seu corpo e equilibrar sua saúde para acolher uma nova vida. Mesmo nas situações onde a gravidez não foi previamente planejada, medidas podem ser tomadas para reduzir os riscos de um aborto espontâneo. O acompanhamento pré-natal adequado, o consumo de ácido fólico e antioxidantes, além da realização dos exames pré-conceptivos são etapas cruciais recomendadas pelo Dr. Coslovsky.
Para aquelas que já enfrentaram essa difícil experiência, é vital seguir as orientações médicas e realizar todos os exames necessários para investigar as causas do ocorrido. O intervalo recomendado antes de tentar uma nova gravidez é de pelo menos um mês e meio, período no qual é aconselhável o uso de métodos contraceptivos seguros.
Em suma, enquanto o aborto espontâneo é um evento infelizmente comum entre gestantes, compreender seus riscos e adotar medidas preventivas pode fazer uma diferença significativa na vida das mulheres que sonham em se tornar mães. A informação e o cuidado são aliados valiosos nesse processo, enfatiza Dr. Marcio Coslovsky.
A prevenção e a informação adequada são fundamentais para mitigar os riscos associados ao aborto espontâneo, proporcionando às mulheres maior segurança e esperança na jornada para a maternidade.
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