Publicado em 14/10/2024, às 16h27 por Redação Pais&Filhos
A cafeína, substância presente em bebidas como café, chá e refrigerantes, é um estimulante que atravessa a placenta e atinge o feto. A ingestão de cafeína durante a gravidez é um tema controverso, cercado de mitos e preocupações.
Enquanto algumas fontes alertam para os riscos do consumo, outras pesquisas apontam para a segurança da cafeína em quantidades moderadas. Este artigo visa esclarecer as dúvidas sobre a cafeína na gestação, com base em informações científicas e recomendações de especialistas, para auxiliar as gestantes a tomarem decisões conscientes sobre sua saúde e a
do bebê.
O consumo excessivo de cafeína durante a gravidez pode trazer riscos à saúde da mãe e do bebê. Essa substância permanece por mais tempo no organismo da gestante, com meia-vida de 9 a 11 horas no terceiro trimestre. Estudo publicado na JAMA Network em 2022 associou o consumo
materno de cafeína, mesmo em doses abaixo de 200 mg/dia, a menor estatura da criança dos 4 aos 8 anos de idade.
Outros estudos indicam que a ingestão elevada de cafeína pode estar relacionada a:
Distúrbios do sono da gestante, como insônia e sono irregular, que podem levar à hipertensão gestacional e parto prematuro;
A cafeína atua como estimulante do sistema nervoso central, bloqueando os receptores de adenosina, neurotransmissor responsável pelo relaxamento e sonolência. Isso resulta em aumento da atividade cerebral, elevação da frequência cardíaca e possível aumento da pressão arterial.
A Escola Americana de Obstetrícia e Ginecologia, a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) e o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS) consideram seguro o consumo de até 200 mg de cafeína por dia durante a gravidez. Essa quantidade equivale a cerca de uma xícara de café coado (340 ml) ou uma xícara de café expresso (95 ml).
No entanto, é fundamental que as gestantes conversem com seu médico sobre o consumo de cafeína. A sensibilidade à essa substância varia entre as pessoas, e algumas mulheres podem ser mais suscetíveis aos seus efeitos.
A cafeína também pode ser transmitida ao bebê através do leite materno. O consumo excessivo de café pela mãe pode causar irritabilidade e insônia no bebê. A recomendação para lactantes é consumir até 200 mg por dia, o equivalente a uma xícara de café coado (340 ml).
Mantenha um diário alimentar para monitorar a ingestão de cafeína.
Um estudo recente liderado pela Universidade de Queensland, publicado na Psychological Medicine, não encontrou relação entre o consumo de café durante a gravidez e dificuldades no desenvolvimento neurológico das crianças. A pesquisa analisou dados genéticos questionários de milhares de famílias na Noruega, país com alto consumo de café, inclusive entre gestantes.
Os pesquisadores utilizaram o método de randomização mendeliana, que usa variantes genéticas para predizer comportamentos, como o consumo de café, e separar os efeitos de diferentes fatores durante a gravidez. Essa técnica permite isolar o impacto da cafeína, excluindo a influência de outras variáveis, como álcool, tabagismo e dieta. Apesar dos resultados promissores, os pesquisadores recomendam que as gestantes continuem seguindo as diretrizes médicas sobre o consumo de cafeína, pois a substância pode influenciar outros aspectos da gravidez.
A decisão de consumir ou não cafeína durante a gravidez é individual e deve ser baseada em informações confiáveis e orientação médica. É fundamental considerar os riscos potenciais, as recomendações atuais e as novas evidências científicas. A moderação e o acompanhamento
profissional são essenciais para garantir a saúde da mãe e o desenvolvimento saudável do bebê.
Fontes: Science Daily; Veja Saúde; Tua Saúde; Maternidade Pro Matre
Saiba mais sobre o assunto no site Juntos na Saúde.
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