Assim que você descobre que está grávida, sua vida passa por uma série de mudanças. Entre tantas alterações nessa nova fase, surge também a preocupação com a saúde do bebê. Afinal, cada escolha passa a ter impacto direto no seu bem-estar e no da criança.
A vacinação na gravidez é um dos passos mais importantes nesse cuidado. Além de te proteger contra doenças, ela também garante anticorpos importantes que serão passados para o bebê, ajudando em sua defesa nos primeiros meses.
A seguir, você confere tudo que precisa saber sobre vacinação na gravidez, segundo matéria de Cinthia Jardim para a Pais&Filhos.
Vacinação na gravidez é proteção
De acordo com um monitoramento de 2021 do Ministério da Saúde, menos da metade das gestantes se vacinaram contra difteria, tétano e coqueluche em 2020. A gente entende que você pode ter dúvidas sobre tomar vacinas durante a gravidez, mas é importante saber que elas são seguras e eficazes.
Isso porque as vacinas são desenvolvidas com o mais alto padrão de qualidade, sendo monitoradas e estudadas durante anos antes de serem disponibilizadas ao público. De acordo com o Dr. Igor Padovesi, ginecologista e obstetra, reações adversas por vacinas são extremamente raras, mas seus benefícios são imensos.
De mãe para filho
Você transfere anticorpos para o seu bebê por meio da placenta. Essa proteção durante a gestação é essencial para os primeiros meses de vida.
Segundo a farmacêutica Ana Clara Medina, você precisa ter um pico de anticorpos no final da gravidez para transferi-los ao seu bebê. Por isso, é essencial se vacinar dentro do período recomendado. Se você optar por tomar as vacinas no puerpério, por exemplo, não terá essa transmissão de anticorpos ao seu filho.
Proteção contra a gripe
De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a vacinação na gravidez pode prevenir a gripe. Isso é especialmente importante quando levamos em conta que a gestação é um período de maior risco para a saúde. “A gestante faz parte de um grupo de risco, então a grávida pode ter diversas complicações por causa da Influenza”, diz Medina.
Durante a gravidez, há uma probabilidade maior de os riscos da doença serem mais sérios devido a alterações nas funções imunológica, cardíaca e pulmonar.

Pense também na coqueluche
Também conhecida como “tosse comprida”, a coqueluche é altamente contagiosa e pode oferecer riscos à vida da criança. A doença afeta principalmente bebês até os 6 meses, e as complicações são mais relatadas até os 2 meses. Os distúrbios dessa condição podem incluir desidratação, pneumonia, convulsões, entre outros.
A contaminação pela bactéria Bordetella pertussis, causadora da coqueluche, ocorre ao tossir, espirrar ou falar. Apesar da complexidade da doença, Padovesi explica que a transmissão acontece principalmente por pessoas próximas ao bebê. “O benefício de prevenir doenças é muito grande, por isso é tão importante que estejam todos protegidos”, completa.