É, gente, eu posso dizer que quando comecei a falar sobre amamentação tudo era mato. Eu falava termos como pega correta, power pump, copinho, relactação, confusão de bicos e era tudo grego para as pessoas.
E como explicar o que eu fazia em uma roda de mulheres? “Ah, é? Nossa, teria me ajudado, mas eu nem sabia que existia!”. Evoluímos muito! Hoje, as mulheres me procuram no pré-natal, querem se preparar para amamentar, temos consultoras em hospitais, muita informação sobre o assunto, às vezes, antes da alta, a consulta domiciliar já está agendada. Que maravilha!

Mas nem tudo que chega vem somente agregar. Precisamos falar sobre as “regras” que vemos, lemos e achamos que precisamos seguir a qualquer custo como: boca de peixinho, lábios bem virados para fora, não poder fazer barulho (bebês fazem barulho para engolir), estalou é porque tem língua presa, se tem um lado preferido para mamar precisa de osteopata, se a mãozinha não relaxar no meio da mamada é porque não está ficando satisfeito, entre muitos outros exemplos que eu poderia dar.
Fomos do total desconhecimento sobre a amamentação para um protocolo rígido e cheio de regras a seguir. E sabe o que perdemos com isso? Conexão da família com o bebê. Saiba que o seu discurso é o que mais importa, que você sabe sim o que seu bebê precisa, se conecte, observe.
Menos celular, menos Instagram e mais olho no olho, mais colo. Sim, tem casos que o estalo é pela língua presa, que a pega está deixando muito da aréola para fora, está rasa e precisa ser corrigida, que os lábios não estão bem posicionados, mas tudo é um contexto.
Uma informação única não me deixa tirar conclusões, tenha cuidado. O que você sente durante a pega e a mamada costuma ser mais relevante do que o que você vê! Se tiver dúvidas, peça ajuda!