- “Como meu filho continuava chorando depois das mamadas, já ouvi que meu leite era fraco.” – Mariana, mãe de Felipe
- “Escutei de vários familiares que meu leite não era suficiente, porque minha bebê não crescia.” – Rosa, mãe de Jade
- “Fiquei muito chateada com uma amiga que deu a entender que meu leite era fraco por precisar de complementação.” – Louise, mãe de Iara
Na década de 1980, foram necessárias fortes campanhas a favor do aleitamento para que saíssemos de 4% de bebês amamentados exclusivamente, e chegássemos nos tempos atuais com 40% até os seis meses, segundo dados do Ministério da Saúde. Uma bela evolução, mas ainda precisamos aumentar esse índice. Aleitamento humano é uma questão de saúde pública!

Hoje, pensamos que poucas pessoas ainda acreditam que existe leite fraco. Mas se leite fraco é um mito, por que existe a necessidade de complementar um bebê? Vamos explicar: nestes casos, não estamos falando sobre a composição do leite em si e, sim, sobre a efetividade da mamada e de volume. Quando avaliamos esta questão falamos de uma parcela que é do bebê, outra de quem amamenta, e dos dois juntos!
Existem muitos fatores que podem interferir em uma boa ingesta de leite: pega inadequada, língua presa, amamentação com horário controlado, cirurgias de mama, questões de saúde da mãe ou do bebê, etc… Algumas situações são reversíveis através do manejo do aleitamento, outras não. O objetivo é que se possa atingir o máximo que seu corpo consegue em volume de produção de leite, com diferentes estratégias.
Algumas vezes não será suficiente e a complementação será necessária. É importante saber que levamos em consideração um conjunto de fatores para avaliar a necessidade ou não de complemento: peso, altura, perímetro cefálico, desenvolvimento, comportamentos, etc. E que os pais também podem avaliar alguns diariamente como xixi, cocô, ver e ouvir o bebê engolindo leite, como ele se comporta após a mamada.
É importante prestar atenção a estes detalhes e buscar ajuda de profissionais para um auxílio no manejo. Cada caso é único, e no final das contas o objetivo é o crescimento e desenvolvimento do bebê. Amamentar deve ser sempre a primeira opção e, sim, ela é incomparável, inimitável, mas na impossibilidade de acontecer exclusivamente, vem a lei número um das consultoras: alimentar o bebê!