Virginia Fonseca recorreu às redes sociais para contar uma novidade que deixou seus seguidores bastante preocupados. Seu filho caçula, José Leonardo, precisou ser internado no Hospital Pediátrico Jutta Batista, no Rio de Janeiro, após ser diagnosticado com bronquiolite, uma infecção viral que afeta os bronquíolos. Ele passou por um tratamento intensivo na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e ficou por quatro dias em observação. Virginia compartilhou com seus seguidores a angústia que sentiu ao vivenciar esse momento tão difícil.
A influenciadora não hesitou em dividir o ocorrido com seus fãs e fez um pedido especial para que todos orassem pela recuperação de José. “Hoje tive a clara certeza de que nós fazemos um plano e Deus faz outro”, iniciou, relatando que sua ideia era viajar para Florianópolis e surpreender o marido, Zé Felipe, durante seu show. No entanto, a situação tomou outro rumo. “Deus tinha outro combinado”, disse Virginia, deixando claro que a saúde do filho se tornou sua principal prioridade naquele instante.
A bronquiolite é uma doença respiratória viral que afeta principalmente os bebês e crianças pequenas, especialmente durante o outono e inverno. Embora seja comum, muitos pais ficam preocupados quando o diagnóstico é dado pelo pediatra. Para esclarecer dúvidas e ajudar a entender melhor essa condição, conversamos com o Dr. Claudio Len, especialista do Hospital Albert Einstein, que compartilhou tudo o que você precisa saber.
O que é bronquiolite?
A bronquiolite é uma inflamação nos brônquios, as vias respiratórias que levam o ar até os pulmões. Ela é causada por diversos vírus, sendo o vírus sincicial respiratório (VSR) o mais comum. De acordo com Dr. Claudio, a doença acomete principalmente crianças até 2 anos de idade, sendo mais intensa em bebês com menos de 6 meses. O nome “bronquiolite” vem do grego, onde “bronchion” significa brônquio e “itis” significa inflamação.
“Quando faço este diagnóstico no consultório, percebo que os pais ficam preocupados. Mas, na maioria dos casos, não é uma doença complicada e em poucos dias a criança já está bem”, explica o médico, tranquilizando os pais sobre a gravidade da doença.
Quais são os sintomas?
Os primeiros sinais da bronquiolite podem ser confundidos com os de um simples resfriado. As crianças podem apresentar coriza, irritabilidade e, em alguns casos, febre baixa. Após dois ou três dias, o vírus atinge os brônquios, causando inflamação e aumento da produção de muco. Isso deixa a criança com dificuldades para respirar, chiando, tossindo muito e se sentindo desconfortável.
“A respiração fica parecida com a de um cachorrinho que correu muito. É importante que os pais fiquem atentos a esses sinais”, comenta Dr. Claudio. Quando os sintomas se intensificam, é fundamental procurar atendimento médico imediato, principalmente se houver dificuldade respiratória, gemência ou cansaço excessivo.
Como prevenir a bronquiolite?
Não existe uma vacina eficaz contra a bronquiolite, já que ela é causada por diferentes tipos de vírus. No entanto, há algumas atitudes simples que podem ajudar a reduzir o risco de infecção. O Dr. Claudio recomenda que os pais evitem o contato de seus filhos, especialmente os mais novos, com pessoas resfriadas ou doentes. “Evite que o bebê fique perto de pessoas com sintomas de gripe ou resfriado”, alerta.
Além disso, crianças com condições de saúde específicas, como prematuridade ou doenças cardíacas e pulmonares, podem ser orientadas a usar medicamentos preventivos. “Em alguns casos, o pediatra pode recomendar um medicamento para reduzir o risco de bronquiolite”, diz o médico. Por isso, é importante sempre consultar o pediatra para verificar se seu filho precisa desse cuidado extra.
A bronquiolite ocorre o ano todo?
Embora seja mais comum no outono e inverno, a bronquiolite pode ocorrer em qualquer época do ano. Isso acontece porque, durante os meses mais frios, as crianças tendem a ficar em ambientes fechados, o que facilita a propagação dos vírus respiratórios. “Em dias de frio, a aglomeração de pessoas aumenta, o que contribui para a disseminação dos vírus”, explica Dr. Claudio.
Embora a bronquiolite seja mais comum em crianças menores de 2 anos, ela também pode atingir crianças um pouco mais velhas, como as de 3 ou 4 anos. Nesses casos, o diagnóstico deve ser feito com atenção, pois a doença precisa ser diferenciada de outras condições respiratórias, como a asma brônquica.
Quando procurar o pronto-socorro?
Se o seu filho apresentar sinais de bronquiolite, como dificuldade para respirar, tosse intensa, chiado ou cansaço excessivo, é essencial procurar atendimento médico imediatamente. “No caso de gemência, respiração curta ou qualquer sinal de cansaço extremo, leve a criança ao pronto-socorro”, recomenda Janaína, mãe de Amanda. A avaliação médica é importante para confirmar o diagnóstico e definir o melhor tratamento.
Com o diagnóstico precoce e cuidados adequados, a bronquiolite tem, na maioria das vezes, uma recuperação rápida. Assim, os pais podem manter a calma e agir prontamente, buscando sempre a orientação de um pediatra.
Possui vacina para a doença?
A portaria que oficializa a inclusão dessas novas tecnologias será publicada nos próximos dias. Após essa publicação, o Ministério da Saúde iniciará os procedimentos legais, que estabelecem um prazo de até 180 dias, prorrogáveis por mais 90, para que as vacinas estejam disponíveis na rede pública. A expectativa é que gestantes e bebês com as indicações específicas possam começar a receber a imunização ainda este ano.
“A introdução dessas tecnologias representa um avanço significativo na proteção das nossas crianças, com a redução das internações diante do alto número de casos. É um marco na nossa política de imunização e no cuidado com gestantes e bebês”, destacou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, no portal GOV.BR.
Como funciona a vacinação?
A vacina é administrada de forma simples e eficaz, garantindo que as gestantes sejam vacinadas durante a gestação, proporcionando proteção tanto para elas quanto para os bebês desde os primeiros momentos de vida. Para os bebês, a imunização ocorre logo nos primeiros meses, fortalecendo o sistema imunológico deles para combater o vírus sincicial respiratório (VSR) e evitando complicações graves.
- Gestantes: Devem receber a vacina Abrysvo entre a 24ª e a 36ª semana de gestação. A imunização durante a gravidez garante que o bebê nasça com anticorpos protetores contra o VSR.
- Bebês prematuros e com comorbidades: O anticorpo monoclonal Nirsevimabe será administrado diretamente no bebê, proporcionando proteção imediata contra o vírus.