A saúde ocular das crianças merece atenção especial, principalmente considerando que a curiosidade inerente à infância pode aumentar os riscos de acidentes oculares. Estudos indicam que a maioria desses incidentes ocorre no ambiente doméstico, sobretudo na ausência de supervisão adulta. “Nunca permita que seus filhos brinquem com objetos pontiagudos, como tesouras, garfos e facas, pois há risco de perfuração ocular”, explica a oftalmologista Keila Monteiro de Carvalho.
Adicionalmente, produtos químicos de limpeza devem ser guardados em locais inacessíveis para as crianças, pois o contato pode resultar desde a redução da acuidade visual até a cegueira irreversível. Para famílias com animais de estimação, é vital estar ciente dos riscos que brincadeiras agressivas representam para os olhos. Da mesma forma, a toxoplasmose, transmitida principalmente pelas fezes de gatos e aves, pode causar inflamações oculares sérias. Assim, enfatiza-se a importância da higiene pessoal após interações com pets e seus ambientes.
Outro ponto de atenção mencionado pela Dra. Keila são as plantas espinhosas ou com seiva leitosa, conhecidas por provocarem irritação ocular. O manuseio inadequado de medicamentos também entra na lista de riscos, devendo-se sempre seguir prescrições médicas à risca para evitar danos à visão.
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Além dos perigos domésticos, atividades recreativas como o uso de pistolas de ar comprimido e paintball apresentam riscos significativos. Segundo a especialista, acidentes esportivos estão por trás de aproximadamente 27% dos traumas oculares em menores, muitos dos quais demandam hospitalização. Esportes envolvendo bolas pequenas ou objetos pontiagudos merecem atenção redobrada. “Os principais são os esportes com bolas pequenas, como o baisebol, tênis, squash , dardos, pesca, entre outros”, explica a especialista.
Em caso de acidente ocular, a orientação é buscar imediatamente um oftalmologista para avaliar a extensão do dano e iniciar o tratamento adequado. A prevenção através da educação e supervisão cuidadosa é essencial para proteger a saúde visual das crianças e evitar consequências potencialmente graves.
