O Dia Mundial do Câncer de Mama é lembrado neste dia 4, e um projeto chamado KDOG, chamou atenção pelo fato de usar cães na biodetecção precoce de câncer em estágio inicial – a ferramenta auxilia principalmente no diagnóstico precoce do câncer de mama.
De acordo com um UOL, esse é um projeto do Instituto Curie – que tem mais de sete anos de pesquisa sobre o tema. A biodetecção é a utilização de animais ou outros organismos vivos para detectar algo como substâncias ilícitas ou perigosas, agentes patogênicos, entre outras coisas.
A ideia do projeto é treinar cães para detectar mais de 40 tipos de câncer de mama em um laboratório, onde cones oferecem diversas amostras de odores do corpo humano. O método promete ser barato e descarta o contato físico entre os animais e as pessoas, para evitar estresse das duas partes.
Em entrevista à Agência Brasil, o responsável técnico pelo projeto no país disse: “Os cães vão ajudar a salvar vidas de pessoas e, o mais importante, com qualidade de vida para os cães”. As atividades já começaram em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. Já tem um cão formado e outros dois em formação para a biodetecção.
O protocolo para a obtenção de amostras que serão submetidas aos cães é simples. A empresa entrega um kit com compressas que as pessoas devem colocar sobre as mamas e dormir com elas. Depois, o material é entregue para a empresa e os cachorros fazem a análise.
O responsável técnico ainda explicou: “o câncer é uma modificação biomolecular que vem do corpo humano. Por isso, ela exala cheiro que, muitas vezes, é imperceptível para o homem, mas não para os cães. O homem ainda falou que a ideia é conseguir diagnósticos com maior velocidade e aumentar as chances de cura.
Os organizadores do projeto garantem que os cães não se desgastam nesse processo e ainda ganham recompensas. Em um futuro próximo, a empresa deseja ajudar o Sistema Único de Saúde. “É o nosso grande sonho e desejo que isso aconteça. A gente conseguiria ajudar o SUS a ter um controle maior e maior velocidade no diagnóstico”.