Publicado em 11/11/2024, às 13h18 por Malu Lopes, Estagiária | Filha de Carmem e Single
Ludmilla e Brunna recentemente abriram o coração em entrevista para o Fantástico, sobre o momento em que descobriram que seriam mães. O relato inclui desde a surpresa inicial até o uso de testes que confirmaram a notícia tão aguardada, marcando um novo capítulo em sua trajetória conjunta.
O casal também falou do método de fertilização escolhido por elas, o ROPA, que significa "Recepção de Oócito da Parceira". Esse processo permite que ambas participem ativamente da gestação, tornando-as integralmente envolvidas na formação da nova vida. Nele, um óvulo de Ludmilla foi fertilizado por um doador e, posteriormente, implantado no útero de Brunna.". Esse processo permite que ambas participem ativamente da gestação, tornando-as integralmente envolvidas na formação da nova vida. Nele, um óvulo de Ludmilla foi fertilizado por um doador e, posteriormente, implantado no útero de Brunna.
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O método ROPA tem ganhado popularidade entre casais homoafetivos, pois promove uma conexão biológica e emocional única entre as mães. A escolha desse procedimento representou para Ludmilla e Brunna não apenas uma decisão médica, mas também uma extensão do amor e parceria que já compartilham.
O método ROPA possibilita que ambas as mulheres de um casal compartilhem a maternidade. A técnica consiste na coleta dos óvulos de uma das parceiras, que são fertilizados com esperma de um banco de sêmen. Em seguida, os embriões gerados são transferidos para o útero da outra mulher, que será a gestante do bebê. Isso permite que uma mulher forneça o material genético, enquanto a outra vive a experiência da gestação.
Segundo o Dr. Rodrigo da Rosa, especialista em reprodução assistida e colunista da Pais&Filhos, o método oferece uma alternativa única para casais homoafetivos que querem viver de maneira mais próxima o processo de gestação. O método ROPA proporciona uma maneira de dividir a maternidade, permitindo que ambas as mulheres se sintam igualmente envolvidas na formação da família.
O tratamento começa com a sincronização dos ciclos menstruais das duas mulheres, por meio de medicação hormonal, para garantir que ambas estejam no momento adequado para os procedimentos. A mulher que irá doar os óvulos passa por uma estimulação ovariana, que aumenta o número de óvulos disponíveis para a fertilização. Esse processo é monitorado por ultrassonografias e exames hormonais, até que os óvulos estejam prontos para a coleta.
A coleta de óvulos é feita por meio de uma punção ovariana, que dura cerca de 20 minutos e é realizada sob sedação leve. Após a coleta, os óvulos são fertilizados com o esperma de um doador selecionado em banco de sêmen. Os embriões resultantes são analisados em laboratório e, posteriormente, transferidos para o útero da mulher que será a gestante, após a preparação do endométrio com o uso de progesterona.
O método ROPA é ideal para casais homoafetivos femininos que desejam viver a gestação de forma compartilhada. Além disso, é indicado para mulheres que tenham uma boa reserva ovariana e estejam saudáveis o suficiente para passar pelo procedimento de fertilização in vitro. De acordo com o Dr. Rodrigo da Rosa, é importante que ambas as mulheres realizem exames de saúde antes do início do tratamento. De acordo com Dr. Rodrigo Rosa, o acompanhamento médico detalhado ajuda a identificar possíveis problemas que podem afetar a fertilidade ou a saúde da gestação.
Uma das dúvidas mais comuns em casais homoafetivos ao considerarem o método ROPA é sobre quem irá fornecer os óvulos e quem será a gestante. Durante a avaliação inicial, o médico examina fatores como a idade, a qualidade dos óvulos e a saúde reprodutiva de cada mulher. Algumas condições, como endometriose, miomas ou problemas hormonais, podem afetar a escolha da mulher que fornecerá os óvulos e da mulher que gestará a criança.
Além disso, o método ROPA também permite que o casal faça a escolha com base nas características físicas e genéticas, o que pode tornar o processo ainda mais pessoal e significativo para ambas as parceiras.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) estabelece limites para a realização de tratamentos de reprodução assistida, e no caso do método ROPA, a mulher gestante não pode ter mais de 50 anos. A razão para essa restrição é o aumento dos riscos obstétricos associados à gravidez em idades mais avançadas, como maior chance de parto prematuro e complicações como diabetes gestacional e hipertensão. O CFM também autoriza o uso de sêmen de banco para fertilização, garantindo a anonimidade do doador.
A taxa de sucesso do método ROPA depende de diversos fatores, incluindo a idade da mulher, a qualidade dos óvulos e a saúde uterina da mulher gestante. No geral, a taxa de sucesso é comparável à de outros procedimentos de fertilização in vitro, e o método tem apresentado bons resultados, especialmente quando as mulheres têm uma boa saúde reprodutiva. Para o Dr. Rodrigo da Rosa, a taxa de sucesso é um reflexo do acompanhamento médico adequado, com o monitoramento constante da saúde das duas mulheres ao longo do processo.
O principal benefício do método ROPA é a possibilidade de compartilhar a experiência da maternidade. O tratamento permite que ambas as mulheres se sintam igualmente envolvidas na concepção e gestação do filho, criando um vínculo afetivo mais forte com a criança. Para o Dr. Rodrigo da Rosa, essa é uma das razões pelas quais o método tem se tornado cada vez mais popular entre casais homoafetivos, visto que a gestação é uma experiência única, e o método ROPA permite que ambas as mulheres se sintam conectadas ao processo, fortalecendo o vínculo familiar desde o início.
Além disso, o método também oferece uma maior sensação de igualdade e representatividade para as famílias homoafetivas. Ao permitir que ambas as mães participem de maneira ativa, o procedimento colabora para a criação de uma nova realidade de maternidade no Brasil.
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