Lexa, de 29 anos, comunicou a triste perda de sua filha, Sofia, nesta segunda-feira, 10 de fevereiro. A bebê nasceu prematuramente devido ao diagnóstico de síndrome de HELLP, uma complicação grave na gestação. A cantora havia sido internada há cerca de duas semanas no Hospital e Maternidade Santa Joana, em São Paulo, devido a um quadro de pré-eclâmpsia.
A Síndrome HELLP pode soar como um nome complicado, mas seu impacto na saúde da gestante é muito sério. Embora não seja tão comum, ela é uma complicação potencialmente fatal que pode surgir durante a gravidez e afetar tanto a mamãe quanto o bebê. A boa notícia é que, quando identificada rapidamente, o tratamento pode ser eficaz e a recuperação possível. Vamos entender melhor o que é essa síndrome, como identificá-la e o que fazer para proteger você e o seu bebê.
O que é a síndrome HELLP?
O nome “HELLP” é um acrônimo para um conjunto de condições médicas que afetam a gravidez, que inclui hemólise (destruição das células vermelhas do sangue), Enzimas hepáticas elevadas (indicativo de problemas no fígado) e baixa contagem de plaquetas (que pode afetar a coagulação sanguínea). Esses sintomas, por si só, já indicam que o corpo da mamãe não está funcionando como deveria, o que exige cuidados médicos urgentes.
Sintomas: como detectar?
Embora os sintomas da Síndrome HELLP possam ser vagos e facilmente confundidos com outras complicações, alguns sinais merecem atenção imediata. Se você estiver grávida e perceber dor intensa no abdômen superior, náuseas, dores de cabeça fortes ou mal-estar geral, não hesite em procurar seu médico. Se não tratada, a síndrome pode causar complicações mais graves, como icterícia (amarelamento da pele), edema (inchaço) e até problemas com a visão. O diagnóstico definitivo depende de exames laboratoriais, que irão identificar o aumento das enzimas hepáticas, a hemólise e a contagem baixa de plaquetas.
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Por que a síndrome HELLP é tão perigosa?
A grande preocupação com a Síndrome HELLP é o risco para a vida da mãe e do bebê. Para a gestante, as complicações podem incluir hemorragias, insuficiência renal e até ruptura hepática. Já para o bebê, o risco de prematuridade é alto, o que significa que, muitas vezes, o parto precisa ser antecipado para salvar a vida da mãe. Infelizmente, o nascimento prematuro traz desafios significativos para a saúde do bebê, que pode precisar de cuidados intensivos após o nascimento.
Como é feito o tratamento?
O tratamento da Síndrome HELLP exige uma abordagem urgente e geralmente envolve cuidados intensivos. O principal objetivo é estabilizar a saúde da mãe e controlar os sintomas de pressão arterial alta, entre outras complicações. Se a síndrome for diagnosticada em um estágio avançado da gravidez, o parto pode ser necessário para proteger a mãe e o bebê. Se a gestação for inferior a 34 semanas e sem complicações graves, o uso de corticosteroides pode ser recomendado para ajudar a amadurecer os pulmões do bebê antes do nascimento.
Após o parto, a mãe precisará de monitoramento contínuo por cerca de 48 horas para garantir que sua saúde melhore. Embora o prognóstico para a mãe seja geralmente favorável após o tratamento adequado, a saúde do bebê dependerá de quão prematuro foi o parto e dos cuidados que ele receberá nas primeiras semanas de vida.
Cuidados pós-tratamento
A recuperação após a Síndrome HELLP é um processo cuidadoso. Para a mamãe, o acompanhamento médico deve continuar por um período para monitorar qualquer complicação pós-parto. Isso inclui a recuperação das funções vitais e a avaliação da saúde em futuras gestações. Para o bebê, o cuidado neonatal especializado é fundamental, principalmente nos casos de nascimento prematuro. A equipe médica ficará atenta a qualquer sinal de complicação para garantir que o pequeno se desenvolva de forma saudável.