Escolher uma creche para os filhos é uma decisão cheia de pesquisa e expectativas. Localização, preço, proposta pedagógica… tudo entra na balança. Mas se tem um critério que pesa mais que todos os outros é a segurança. E foi justamente esse item essencial que gerou revolta em uma mãe nos Estados Unidos, após um episódio envolvendo sua filha de apenas 2 anos.
No dia 2 de abril de 2025, Tamara Hemingway foi buscar a filha, Myla, na Growing Kids Academy, em Ocean Township, Nova Jersey. O que deveria ser uma simples rotina de fim de expediente virou motivo de choque. Ao ver a filha, Tamara percebeu que algo estava diferente — ou melhor, faltando. “Foi então que eu vi um grande pedaço careca na cabeça da minha filha, sem a trança”, contou ela à emissora WABC.
Sim, uma das quatro tranças bem presas na cabeça da pequena Myla simplesmente havia desaparecido.
Um caso que levanta alertas sobre segurança e comunicação nas creches
Tamara garante que as tranças estavam muito bem feitas, firmes no couro cabeludo, como muitas crianças usam diariamente. Por isso, ela afirma com segurança: não seria possível uma delas simplesmente se soltar sem esforço — e, principalmente, sem dor. “É preciso usar força para remover uma trança. Não tem como isso acontecer sozinho”, disse.
As câmeras de segurança da creche mostraram que, por volta das 11h da manhã, o cabelo de Myla ainda estava intacto. Quase 45 minutos depois, a menina aparece em imagens tocando a lateral da cabeça, onde a trança já não está mais. Nesse intervalo, uma professora aparece retirando um avental da criança. E é só. Nenhuma explicação foi dada pela instituição até o momento.
Quando o silêncio pesa mais do que a resposta
A diretora da creche afirmou que não há indícios de que o cabelo da criança tenha sido arrancado com força, mas não soube explicar como a trança simplesmente sumiu. Pior: ninguém da equipe se preocupou em avisar a família sobre o ocorrido. “Eles deveriam ter me ligado. Qualquer coisa. Mas ninguém sequer entrou em contato”, desabafou Tamara.
E como Myla ainda é muito pequena para explicar o que aconteceu, a falta de respostas só aumentou a angústia dos pais. Desde o incidente, a menina tem se mostrado mais sensível ao toque na cabeça — um sinal que levanta ainda mais dúvidas sobre o que realmente ocorreu naquele dia.
A resposta da creche e a indignação da família
O advogado da família, Marc Caswell, declarou que a creche deu diferentes versões dos fatos. Primeiro disseram que não sabiam o que tinha acontecido. Depois, afirmaram que nem tinham notado nada de anormal. Para ele, isso demonstra falta de preparo e responsabilidade. “É uma resposta inaceitável”, afirmou.
Diante do ocorrido, Tamara decidiu retirar a filha da creche e levar o caso à Justiça. A polícia local está investigando o que realmente aconteceu, mas, até agora, nenhuma conclusão foi divulgada.
Como pais podem agir em situações de risco nas creches
Esse caso serve de alerta para todos os pais e responsáveis. Ao confiar seu filho a uma instituição, é essencial que haja não só estrutura e carinho, mas também uma comunicação clara, respeito e, acima de tudo, segurança.
Se algo fora do comum acontecer com seu filho, siga estes passos:
- Documente o ocorrido: tire fotos, anote datas e horários.
- Converse com a instituição: registre a conversa por escrito, se possível.
- Procure apoio legal: se não houver explicação convincente, consulte um advogado.
- Considere mudar de instituição: a confiança precisa ser total.
Cuidar de uma criança é uma grande responsabilidade — e qualquer sinal de descuido precisa ser levado a sério. Afinal, cada fio de cabelo conta quando falamos da segurança dos nossos filhos.