Essa história é tão chocante que parece até roteiro de filme. Três bebês recém-nascidos foram encontrados em locais públicos em Londres, em anos diferentes, mas na mesma região da cidade. O que inicialmente pareciam ser casos isolados acabou se tornando uma investigação de alto nível, com um desfecho que ninguém esperava: os três pequenos são irmãos biológicos, filhos da mesma mãe e do mesmo pai. E agora, o mistério em torno da mulher que os colocou no mundo está cada vez mais perto de ser resolvido.
O primeiro bebê encontrado
Tudo começou em setembro de 2017, quando um bebê recém-nascido foi encontrado enrolado em um cobertor no parque Balaam Street, em Londres. Apesar do frio e da situação de abandono, o menino estava saudável e logo foi acolhido por uma família que o adotou e o batizou como Harry.
A história parecia encerrada, até que, em fevereiro de 2019, outro recém-nascido foi encontrado em um supermercado da região. O bebê estava dentro de uma sacola de mercado, coberto por uma toalha, e também foi entregue aos cuidados das autoridades, que o encaminharam para adoção. Ela recebeu o nome de Roman.

Mas aí veio a primeira surpresa: um teste de DNA revelou que Roman e Harry eram irmãos biológicos, filhos da mesma mãe e do mesmo pai. A polícia ficou em alerta.
A surpresa do terceiro bebê encontrado
O caso voltou aos noticiários em janeiro de 2024, quando uma menina recém-nascida foi encontrada quase congelando em uma rua londrina. Era a noite mais fria do ano. Por pouco, ela não resistiu ao frio intenso, mas foi socorrida a tempo e se recuperou no hospital. Ela foi nomeada de Elsa, em referência à personagem do famoso filme “Frozen”, e atualmente vive com uma família adotiva temporária.
Com a descoberta da localização semelhante ao dos outros dois casos, um novo teste de DNA foi realizado. E sim, o resultado confirmou: Elsa também era irmã de Harry e Roman.
A investigação sobre a mãe ganha força
Com a confirmação de que os três bebês foram abandonados pela mesma mulher, em locais próximos e protegidos do frio extremo, os investigadores passaram a traçar um perfil mais preciso da mãe biológica.
A teoria principal da polícia é de que essa mulher conhece muito bem a região, já que escolheu locais discretos, sem câmeras de segurança, mas onde os bebês certamente seriam encontrados. Além disso, tudo indica que ela realizou os abandonos a pé, sem usar nenhum veículo.
A busca por respostas: 300 possíveis suspeitos
Utilizando os testes genéticos dos três irmãos, os investigadores chegaram a uma lista de 300 pessoas que possuem algum grau de parentesco com as crianças. Agora, estão indo de porta em porta na área determinada como possível residência da mãe, pedindo voluntariamente amostras de DNA dos moradores.
Segundo o detetive responsável pelo caso, a maioria das pessoas está colaborando com a investigação. “Elas conhecem o caso, se sensibilizaram e querem ajudar essas crianças a descobrirem a verdade sobre suas origens”, afirmou.

O que se sabe até agora sobre a mãe
Embora a identidade da mãe ainda não tenha sido revelada, a polícia tem algumas hipóteses. Uma delas é que ela pode estar em uma situação de vulnerabilidade extrema, possivelmente com problemas de saúde mental ou detida, talvez vivendo sob alguma forma de restrição, sem acesso à comunicação. Também se considera a possibilidade de que ela tenha agido sozinha, guiada pelo instinto de proteger os filhos sem conseguir criá-los. Apesar disso, a investigação ainda não foi concluída.