Você já se perguntou como é olhar para trás, anos depois de uma decisão difícil, e pensar: “E se eu tivesse feito diferente?” Pois foi exatamente isso que aconteceu com Catelynn Lowell, que ficou conhecida no mundo todo após participar do reality show “Grávida aos 16″ . Na época, aos 16 anos, ela e o namorado Tyler Baltierra enfrentaram um turbilhão de emoções com a chegada de uma filha inesperada e a difícil decisão de colocá-la para adoção.
Agora, 16 anos depois, Catelynn voltou aos holofotes ao participar de um reencontro com os antigos participantes do programa. E, junto com Tyler, ela abriu o coração sobre arrependimentos e reflexões que só o tempo e a maturidade trazem.
“Não me arrependo da adoção, mas da forma como foi feita”
Durante o reencontro, a pergunta inevitável surgiu: “Você se arrepende de ter dado sua filha para adoção?” E a resposta de Catelynn foi honesta. Ela contou que não se arrepende de ter escolhido a adoção, mas sim de como tudo aconteceu. “Eu recebo muito essa pergunta, especialmente recentemente com este marco dos 16 anos da história. Se eu me arrependo da minha decisão. E eu não me arrependo da decisão, mas eu me arrependo de ter escolhido uma família em outro estado”
Entre os principais arrependimentos está o fato de não ter escolhido uma família que aceitasse uma adoção aberta. Esse tipo de adoção, muito comum nos Estados Unidos, permite que os pais biológicos continuem fazendo parte da vida da criança, com visitas e contato frequente. “Eu me arrependo de não ter contratado um advogado, de não ter tido alguém que realmente me explicasse o que eu estava assinando”, disse ela.
Catelynn relembrou como, aos 16 anos, mal compreendia o que era uma adoção formal. “Eu era uma criança e esperava que os adultos ao meu redor me ajudassem. Hoje, como adulta, percebo o quanto fui manipulada naquela época.”
Como a adoção nos EUA é diferente da do Brasil?
Nos Estados Unidos, o sistema de adoção permite que a mãe biológica escolha para qual família o bebê será entregue. Há também modalidades como a adoção fechada, em que não há contato posterior, e a aberta, em que os pais biológicos continuam envolvidos de alguma forma na vida da criança. Foi essa segunda opção que Catelynn hoje acredita que teria sido mais saudável — para ela e para sua filha, Carly.
Uma filha distante e o silêncio que dói
Outro ponto que emocionou quem assistiu ao reencontro foi o relato de que Catelynn e Tyler não veem Carly desde 2023. A última vez que estiveram com a filha adotiva foi marcada por uma foto com as três outras filhas do casal, que foram criadas por eles.
Desde então, os pais adotivos de Carly cortaram completamente o contato. Tyler contou que não sabem se a decisão partiu da própria Carly ou dos pais adotivos, mas ela não teve explicações. “Mesmo que fosse uma decisão dela, gostaríamos de saber. Eu respeitaria. Mas o silêncio machuca muito mais”, desabafou.