O número de diagnósticos de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) continua crescendo e, com isso, aumentam também as dúvidas e desafios enfrentados por quem busca o melhor suporte para o desenvolvimento de uma criança com autismo. De acordo com o último relatório dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), a prevalência do TEA entre crianças de 4 a 8 anos é de 1 a cada 31 — um salto considerável em relação ao levantamento anterior, que indicava 1 a cada 36.
Esse aumento nos diagnósticos também mostra como o autismo está mais presente nas conversas e nas buscas por informação. Com mais acesso a dados e conhecimento, fica mais fácil identificar os sinais desde cedo. Mas, quando o diagnóstico chega, é comum surgirem dúvidas: “E agora?”, “Qual o próximo passo?”, “Como escolher o melhor suporte?”
O diagnóstico é só o começo
Receber um diagnóstico de autismo pode ser um momento cheio de insegurança e incertezas. Ingrid Monte, mãe de uma criança com TEA, descreve: “Quando descobri o autismo do meu filho, senti um abismo imenso e percebi o quanto eu estava despreparada. Tudo é muito complexo, pouco aprofundado, sem contar o emocional”.
É nesse cenário que o Abril Azul se destaca: o mês é um convite para discutir o autismo de forma mais objetiva e ampliar o acesso à informação de qualidade. “O mês de abril, conhecido como Abril Azul, é dedicado à conscientização mundial sobre o autismo e reforça a importância de discutirmos esse tema”, explica Érika Mello, Head de Marketing da Genial Care.
Entendendo o TEA
O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento que se manifesta de formas diferentes em cada pessoa. Pode envolver particularidades na forma de se expressar, de se relacionar com os outros, de lidar com rotinas e de perceber o mundo ao redor. Justamente por ser um espectro, não existe uma experiência única com o autismo — por isso, o acompanhamento deve ser personalizado e feito por uma equipe de profissionais de diferentes áreas.
Para muitas famílias, o diagnóstico traz consigo uma avalanche de dúvidas sobre o futuro. Um estudo da Genial Care em parceria com a Tismoo.me revelou que 79% dos cuidadores expressam grande preocupação com os próximos passos. “É relevante que a família tenha profissionais de confiança que trabalhem com práticas baseadas em evidências para melhor suporte e direcionamento nesse momento inicial”, afirma Alice Tufolo, Diretora Clínica da Genial Care.

A importância da intervenção precoce
A ciência já comprovou que a intervenção precoce é um dos fatores mais importantes para o desenvolvimento de crianças com autismo. Quanto mais cedo o suporte começa, maiores são as chances de avanços significativos em áreas como comunicação, interação social e independência.
Estudos publicados no Journal of Autism and Developmental Disorders mostram que intervenções nos primeiros anos de vida podem melhorar em até 40% os resultados cognitivos e adaptativos. “Intervenção comportamental, Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia e suporte educacional são fundamentais para o desenvolvimento das crianças com TEA”, reforça Alice.
Ela ainda destaca: “Desenvolvemos o potencial único de cada criança por meio de inteligência clínica. Caminhamos lado a lado com as famílias, escutando suas necessidades e fortalecendo a participação dos cuidadores”.
Como escolher a clínica certa?
Com tantas opções disponíveis, encontrar a clínica ideal pode parecer uma missão complicada. Mas alguns critérios ajudam muito na hora de decidir:
- Base científica: escolha instituições que utilizem metodologias reconhecidas, como a Análise do Comportamento Aplicada (ABA).
- Profissionais qualificados: procure equipes com formação especializada e experiência em TEA.
- Envolvimento familiar: clínicas que envolvem a família no processo terapêutico favorecem o progresso da criança.
- Acessibilidade e flexibilidade: o suporte precisa se encaixar na rotina da família para garantir continuidade.
A força da abordagem multidisciplinar
O caminho ideal para apoiar o desenvolvimento de uma criança com autismo envolve diferentes áreas da saúde trabalhando juntas. Psicologia baseada na ABA, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional formam um trio poderoso para desenvolver habilidades essenciais.
“As terapias integradas e adaptadas às necessidades individuais não apenas transformam a vida da criança, mas também proporcionam alívio e esperança para as famílias”, afirma Alessandra Peres, terapeuta ocupacional da Genial Care.
Ela também destaca o papel da tecnologia como aliada nesse processo. “A intervenção no TEA tem avançado no Brasil e no mundo, mas ainda há muitos desafios. A integração de terapias com o uso de tecnologias pode transformar o cenário, promovendo desenvolvimento e qualidade de vida.”