Em diversas atividades mesmo sem treinamento, existe tempo para corrigir os erros. Em outras os erros só serão percebidos quando as consequências se manifestarem de forma notável.
Somos treinados para o exercício profissional, para entender de investimentos, para tocarmos um instrumento, para prática esportiva, atividades importantes em nossas vidas.
No entanto existe uma atividade que é a mais importante para quem tem filhos, que é a mais difícil de se fazer, para a qual nunca fomos treinados. Repetimos o que aprendemos, se gostamos, ou fazemos o oposto caso não tenhamos gostado. Esta atividade é a formação, a educação de filhos.
O casal quando concebe uma criança quer o melhor para ela, que seja feliz, viva em liberdade, seja independente, e que tenha bons planos para o futuro. Escolhe as melhores escolas, dão presentes, conselhos, assumem responsabilidades, frustram seus desejos e os adiam, tudo em benefício da criança. No entanto, o resultado muitas vezes é decepcionante.
Embora nos últimos 50 anos, os estudos de psicologia do desenvolvimento, da neurociência, das teorias da comunicação já forneçam informações precisas suficientes para oferecer instrumentos a serem aplicados pelos pais na formação de bons cidadãos, pessoas saudáveis resolvidas em suas vidas, este conhecimento ainda não chega aos pais da maneira que precisaria chegar. Um certo grau de onipotência, preconceitos, ignorância, desinformação, tanto em pais, como em parte da mídia e autoridades torna o acesso ao treinamento parental mais raro e lento.

A relação pais e filhos é na prevenção e na promoção da saúde, um assunto que grande parte das pessoas acredita saber o suficiente, e que nada tem a aprender, afinal foram filhos. Meio conhecimento, experiência pessoal generalizada, muita gente com o mesmo tipo de raciocínio, experiências educacionais passadas, praticadas com viés político partidário ou religioso são obstáculos a serem superados para que o conhecimento chegue aonde tem que chegar.
No desenvolvimento dos conhecimentos relativos à saúde, a orientação parental passou por uma fase que era considerada interessante, porém como uma abordagem apenas coadjuvante aos tratamentos. A evolução do conhecimento nos permite hoje compreender que a orientação e o treinamento parental são essenciais, não secundários, em tratamentos, na prevenção, e na promoção da saúde. Grande parte dos problemas de saúde mental é decorrente de erros de comunicação entre pais e filhos, e conhecer as características desta comunicação pode ter um efeito protetor e estimulante a resiliência da criança. Outro aspecto muito importante a ser considerado é que a orientação parental aumenta a eficiência, diminui os riscos e reduz os custos dos tratamentos.
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