Rosa Maria da Cruz, hoje com 51 anos, foi condenada por um caso em 2013, depois de ter criado a filha, Serena, por dois anos, no porta-malas do carro. Ela teve, em 2018, cinco anos de prisão, mas três deles foram suspensos. Esse mês, depois de ter ido ao tribunal, ela enfrentará uma pena máxima de 20 anos.
Entenda o caso
Em 2013, na França, Rosa foi até uma oficina mecânica, com o mesmo carro que deixava a menina escondida desde o nascimento. A criança foi encontrada coberta de fezes e urina, nua e mal conseguia manter a cabeça em pé. O casal tem mais outros três filhos, com idades de 6 a 12 anos e todos interagem com a sociedade normalmente.
Aos investigadores, no início do caso, ela contou que dava banho na filha na banheira de casa ou com uma luva, em um estacionamento. A mulher disse também que as vezes esquecia de alimentar a criança durante um dia inteiro, de acordo com o veículo francês L’OBS. Os dois mecânicos e um bombeiro, que foram entrevistados, disseram que ela alternava em “cuidar” da filha dentro do porta-malas e no porão de casa.
Depois de passar pelos dois piores anos da vida, a criança sofre de um “déficit funcional de 80%”, e também de “síndrome do autismo certamente irreversível”, devido aos 23 primeiros meses de vida, de acordo com as avaliações médicas.
Um psiquiatra, especializado em questões perinatais que participou do julgamento, disse que é possível que ela tenha negado a gravidez e isso levou à consequências traumáticas. Hoje, Serena está com 8 anos e vive com uma família adotiva.
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