• 19° Seminário
  • Família
  • Criança
  • Bebês
  • Gravidez
  • Notícias
  • Clube Pais&Filhos
Sem resultado
Veja todos os resultados
pais e filhos
  • 19° Seminário
  • Família
  • Criança
  • Bebês
  • Gravidez
  • Notícias
  • Clube Pais&Filhos
Sem resultado
Veja todos os resultados
pais e filhos
Sem resultado
Veja todos os resultados
Início Gravidez

Parto cesárea: dói? Quando é indicado? Como é a recuperação?

Por Jennifer Detlinger
02/08/2019
Em Gravidez
Entenda tudo sobre a cesárea, quando ela deve ser feita e como é o pós operatório

Entenda tudo sobre a cesárea, quando ela deve ser feita e como é o pós operatório Getty Images

Share on FacebookShare on TwitterEnviar

Vamos começar com calma. Primeiro, abaixe todas as suas bandeiras para poder ler esta matéria sem preconceito. Mães costumam criticar a maneira como outras mães agem — seja por amamentar ou não, pela forma de educar, pelo que dão para comer, pela rotina (ou falta dela) e até pela escolha do parto. O mais importante é a vida que geramos dentro do nosso corpo. A maneira de vir ao mundo é um meio – e não deve ser alvo de julgamentos.

A Pais&Filhos apoia o parto normal, no qual se respeita o tempo certo da criança nascer e a natureza como forma de dar à luz. Mas a cesariana está aí, existe como evolução natural da ciência e da medicina — e muitas vezes pode (e deve) ser uma escolha. Além de lidar com o próprio julgamento, as mulheres que passaram por cesáreas sofrem muito com o julgamento alheio.

Também queremos deixar claro que somos contra os médicos que empurram as mulheres para a cesárea contra a vontade delas. Assim como somos contra médicos que tentam empurrar uma mulher que decidiu pela cesárea para um parto natural em casa, por exemplo. A decisão tem de ser sua, sem culpa. Podemos (e devemos) ajudar, aconselhar e informar, mas nunca apontar o dedo. Afinal, cada mulher sabe melhor do que ninguém sobre a gestação, o filho e, principalmente, sua vida.

Entenda tudo sobre a cesárea, quando ela deve ser feita e como é o pós operatório (Foto: Getty Images)

O que configura o parto cesárea?

O parto cesárea ou cesariana é realizado através de um corte de, mais ou menos, 12 cm no abdômen, abaixo da linha dos pelos pubianos. Embora muito comum, é uma cirurgia de médio porte e não deve ser menosprezada. Para a retirada do bebê, são abertas sete camadas de tecidos, que depois são costuradas, uma a uma. Neste tipo de parto a paciente está sempre anestesiada. As principais indicações para o parto cirúrgico são quando o bebê está sentado (apresentação pélvica), quando a mãe já teve duas ou mais cesáreas anteriores, quando o feto tem peso estimado (pelo ultrassom) superior a 4 kg, em casos de malformações fetais e em algumas situações de doenças relacionadas à gestação, como, por exemplo, a hipertensão materna.

LeiaMais

O que causa visão turva durante a gravidez?

O que causa visão turva durante a gravidez?

13 de outubro de 2025
Criança deitada no colo da mãe com a boca aberta

Estudo revela que bebês aprendem linguagem mais cedo do que você imagina

10 de outubro de 2025
Mulher grávida recebendo apoio do parceiro durante o parto precipitado.

Parto precipitado: o que é e quais são os riscos?

10 de outubro de 2025
Barriga de uma mulher grávida, deitada com um travesseiro

Pode deitar de bruços na gravidez? Veja se há riscos

9 de outubro de 2025

É a melhor opção?

O parto normal é o mais indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) por ser o mecanismo fisiológico e por ser a escolha do próprio bebê de vir ao mundo – sendo um “sinal” de que ele está preparado para nascer (veja aqui quais são os sintomas do trabalho de parto). Mas é a grávida quem decide qual caminho irá seguir depois de ter contato com informações e ter suas dúvidas respondidas. O que vai pesar são as expectativas, os sonhos e, por fim, a escolha – se for possível realizá-la com segurança depois da avaliação do médico.

Quais os benefícios?

A cesariana apresenta algumas vantagens para a mulher, como a possibilidade de não sentir as contrações dolorosas do trabalho de parto, a liberdade da escolha de uma data para o parto, menor duração (a cesárea dura cerca de 40 a 60 minutos, enquanto um trabalho de parto pode durar até mais de 12 horas) e proteção do períneo e assoalho pélvico. Contudo, sendo uma cirurgia, apresenta riscos. Além disso, a recuperação pós-parto é mais dolorida nos primeiros dias do que no parto normal, podendo haver dificuldade de cicatrização, maior sangramento e ocorrência de infecções (mas, com a modernização de técnicas cirúrgicas e anestésicas e de fios cirúrgicos, observa-se menor incidência destas complicações).

Como deve ser feita a cesárea?

A cesárea é um procedimento cirúrgico. Antes da operação, existem vários procedimentos que devem ser seguidos, como uma entrevista com o anestesiologista. “É importante que sejam anotados todos os dados do pré-natal, principalmente o grupo sanguíneo da gestante, os resultados das sorologias para rubéola, toxoplasmose, citomegalovírus, HIV, hepatites A, B e C”, diz o obstetra Thomaz Gollop, pai de Nicholas. No Brasil, as anestesias são a peridural e a raquidiana, em que a mãe só fica insensível à dor do peito para baixo, e fica acordada no momento em que o bebê nasce. Desde 2003 é usada uma técnica “minimamente invasiva”, que “corta” quatro camadas do abdome em vez de sete, como era antigamente. É feito um corte que vai de 10 cm a 15 cm.

Pra quem já está com a cesariana marcada, o procedimento é mais simples. A gestante é internada na data marcada para a cirurgia, cerca de uma hora e meia antes, e em jejum de alimentos e bebidas por oito horas. São feitos alguns exames: checagem dos sinais vitais da mulher (pressão, temperatura), batimentos cardíacos fetais e contrações. As contrações, nesse caso, são monitoradas para saber como está o comportamento do bebê. Depois, é feito um histórico de antecedentes cirúrgicos e alérgicos, e, logo depois, ela é encaminhada para a sala de cirurgia.

Lá é feita a tricotomia, (retirada dos pelos da região da cicatriz) e a mulher, então, receberá então a anestesia da cintura para baixo, que faz efeito em 5 minutos e dura cerca de 2 horas. O parceiro ou parceira só entra na sala de cirurgia quando a paciente já estiver anestesiada. A cirurgia cesariana demora ao todo cerca de 40 a 50 minutos. O bebê, após a avaliação do pediatra, também já vai para o colo da mãe e é amamentado. A mãe é encaminhada para uma sala de recuperação até voltar da anestesia, onde fica por uma a duas horas, aproximadamente, para ser avaliada a contração do útero no pós-parto para prevenção de hemorragias. A mãe volta para o quarto, e oito horas depois é retirada a sonda da bexiga e ela já é estimulada a andar, se movimentar aos poucos. Ela e o bebê ficam internados por mais três dias, e é ministrado um analgésico para aliviar a dor do pós-operatório. Na volta para casa, a mãe já pode retomar as atividades normais. Mas nada de esforço ou carregar peso, ok? Os pontos são removidos cerca de dez dias depois.

Quais os riscos?

Em casos específicos, a cesárea pode trazer benefícios para as mães e bebês, mas quando ela é feita sem ao menos a mulher entrar em trabalho de parto, o nascimento (e até a infância) do bebê e a saúde da mãe podem ser mais prejudicados do que o previsto. Para a mulher, a cesárea desnecessária pode aumentar as chances de internação na unidade de terapia intensiva após o parto e de ter depressão depois do parto. Já para o bebê, diabetes e obesidade são apenas algumas das consequências de um parto feito cirurgicamente antes do tempo.

Vale lembrar que a Organização Mundial da Saúde recomenda que apenas 10% a 15% dos partos do país sejam cesáreas. A América Latina é a região com maior taxa de césareas (44,3% dos nascimentos) do mundo, e o Brasil é o segundo país que mais realiza esta cirurgia. Entre um dos motivos para o crescimento da cesárea no Brasil pode ser a comodidade das mulheres que trabalham, a dificuldade em conseguir um quarto quando estas mulheres entram em trabalho de parto e a agenda dos médicos, que preferem marcar o nascimento do bebê. Por isso, é importante sempre conversar com seu obstetra e buscar o máximo de informações para escolher o melhor tipo de parto para você.

Uma vez cesárea, sempre cesárea?

A máxima “uma vez cesárea, sempre cesárea” não precisa ser uma sentença: “Indicamos uma espera de um a dois anos para um parto normal”, diz o obstetra Vinícius Breda, pai de Bruno e Ana Luisa. Embora alguns médicos realizem o parto normal após mais de uma cesárea, o médico não recomenda. “A cada vez que você abre e costura o útero, ele cicatriza. Num novo procedimento, essa cicatriz pode abrir durante o trabalho de parto”, explica.

Como lidar com a dor?

Bem, se no parto normal a mulher tem de lidar com a dor “durante”, aqui a batata quente vem depois. Se você não estava em trabalho de parto – ou seja, marcou a cirurgia para uma data específica – não sentirá dor nenhuma para dar à luz, já que estará sob efeito da anestesia, que pode ser geral (neste caso, a mulher dorme durante a cirurgia) ou regional (peridural ou raquidiana, que são mais indicadas: bloqueiam a dor da cintura pra baixo e mantém a mulher acordada). “O anestésico local combinado com o uso de morfina garante que a mulher não sinta dor por 24 horas”, explica Carlos Eduardo da Costa Martins, pai de Isabela e Bruno, diretor da Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo.

Depois desse período, a dor e o desconforto da recuperação pós-parto são amenizados com medicações prescritas pelo obstetra. O corte pode incomodar, claro. Afinal, é uma cirurgia. Mulheres que vivenciaram a recuperação pós-parto de uma cesárea relatam que os pontos podem limitar os movimentos nos primeiros dias, quando o bebê requer cuidados intensos a toda hora. A boa notícia é que a técnica cirúrgica de uma cesariana evoluiu muito. Hoje em dia, já existem cirurgias minimamente invasivas, que não são tão impactantes para a mulher e para o bebê.

É possível fazer uma cesárea humanizada (Foto: iStock)

Como é a recuperação no pós-parto?

Nos primeiros dias, um dos problemas enfrentados será o desconforto causado pela formação de gases intestinais. Para eliminá-los caminhe um pouco pela maternidade, e contraia os músculos abdominais ao expirar. Você vai sentir dor ao tossir ou dar risada, é normal. Use um travesseiro ou mesmo as mãos para apoiar a barriga. E, assim como no parto normal, haverá sangramento vaginal nos primeiros dias, podendo durar até um mês.

Atualmente, a maioria das cesarianas é feita com um corte na região do baixo ventre, o que significa que a cicatriz se estenderá horizontalmente bem na marca do biquíni, ou até um pouco abaixo. Logo depois do parto, ela vai ter uma aparência avermelhada, mas, com o passar das semanas e dos meses, vai gradualmente clareando até ficar da cor da pele ou um pouco mais clara. Na volta para casa, a mãe já pode retomar algumas de suas atividades, claro que maneirando nos esforços e sem carregar peso. Os pontos são removidos cerca de dez dias depois, e a limpeza dos pontos se faz normalmente, com água e sabonete.

Em duas semanas já é permitido dirigir, e, em um mês, o sexo está liberado. A dor do pós-operatório pode dificultar um pouco na hora de segurar o bebê e na amamentação. Tente achar uma posição confortável ao mesmo tempo para você e para o bebê. Ao se virar na cama, você pode ter uma sensação estranha de que os órgãos estão meio soltos dentro da cavidade abdominal. Algumas mulheres se sentem mais confortáveis usando uma cinta pós-parto. Converse com seu médico.

O que deve levar à uma cesárea?

  • Idade da mãe;
  • Partos complicados
  • Cesáreas anteriores
  • Posição do bebê no útero
  • Mãe de primeira viagem com bebê sentado
  • Sofrimento fetal agudo
  • Deslocamento prematuro de placenta
  • Eclâmpsia e pré-eclâmpsia
  • Desproporção céfalo-pélvica, quando o bebê é maior que a passagem do canal vaginal.

Cesárea eletiva

Apesar de apresentar mais riscos à gestante e ao bebê do que um parto normal em uma gravidez saudável, a cesariana pode ser pedida pela mãe. Afinal, você pode (e deve) escolher a forma de trazer seu filho ao mundo. Segundo resolução do Conselho Federal de Medicina, isso pode acontecer após você ter recebido todas as informações sobre benefícios e riscos das duas formas de dar à luz. Para escolher uma cesárea, você precisa assinar um termo de consentimento livre e esclarecido registrando a opção. A cesárea eletiva, no entanto, deve acontecer somente a partir da 39ª semana de gestação.

Cesárea humanizada

Assim como o normal, o parto cesárea pode ser humanizado. Com direito à luz baixa, bebê no colo e mamada ao nascer, como deveria ser sempre. Especialistas listam algumas recomendações necessárias para um parto humanizado:

  • Luz baixa na sala de cirurgia
  • Permitir que a mãe assista ao nascimento do filho, abaixando o campo cirúrgico
  • Não amarrar os braços da mãe
  • Corte tardio do cordão umbilical
  • Prestar atenção à temperatura do ar condicionado para que não esteja tão frio quando o bebê nascer
  • Deixar que a mãe escolha a trilha sonora para o momento do parto

Consultoria: Saul Cypel, pai de Marcela, Irina, Eleonora e Bruna, neuropediatra. Thomaz Gollop, pai de Nicholas, ginecologista e obstetra. Vinícius Breda, pai de Bruno e Ana Luisa, ginecologista e obstetra. Igor Padovesi, ginecologista e obstetra, pai de Beatriz e Guilherme, realiza partos e cirurgias em hospitais de São Paulo, principalmente no Albert Einstein. Fernanda Cristina Ferreira Mikami, ginecologista e obstetra do Hospital das Clínicas, mãe de Giuliana.
Tags: GravidezPartoParto Cesárea
Compartilhar5Tweet3Compartilhar1Enviar
PRÓXIMO
O parto normal é uma das opções

Parto normal: dói muito? Como é a recuperação? Quais as vantagens?

Menina usando um celular.
Criança

Como controlar o tempo do seu filho no celular?

Por Laura Krell
13 de outubro de 2025
0

A gente vive em um mundo cada vez mais conectado. E nesse cenário, não tem por onde fugir — o...

Leia maisDetails
O que causa visão turva durante a gravidez?

O que causa visão turva durante a gravidez?

13 de outubro de 2025
3 patos de borracha na beira de uma banheira representando o banho das crianças.

Guia do banho do seu filho: veja cuidados para cada idade

13 de outubro de 2025
Séries imperdíveis para sua família assistir em 2025

Séries imperdíveis para sua família assistir em 2025

13 de outubro de 2025
Por que meu filho quer usar a mesma roupa todos os dias.

Por que meu filho quer usar a mesma roupa todos os dias?

13 de outubro de 2025
  • 18º Seminário Internacional Pais&Filhos – Mãe (não) é tudo igual
  • Fale Conosco
  • Página Inicial
  • Política de Privacidade
  • Quem Somos
  • Termos de Uso

© Brasil MN Manchete Editora 2023 - Todos os direitos reservados | Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

Sem resultado
Veja todos os resultados
  • 19° Seminário
  • Família
  • Criança
  • Bebês
  • Gravidez
  • Notícias
  • Clube Pais&Filhos

© Brasil MN Manchete Editora 2023 - Todos os direitos reservados | Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.