
Os médicos, que estão na linha de frente na luta contra o coronavírus, fizeram um novo alerta sobre os possíveis aumentos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) em pacientes contaminados pela doença. Alguns hospitais já estão realizando pesquisas sobre o assunto e podem haver algumas mudanças no protocolo do tratamento.
O caso começou a ser investigado após o aumento dos relatos de profissionais da saúde de outros países. No último sábado, 25 de abril, o jornal norte-americano The Wasington Post publicou uma notícia sobre o número de pacientes que tiveram um AVC, entre 30 e 40 anos, por possíveis complicações do coronavírus no Hospital Mount Sinai Beth Israel, em Nova York.

A China já havia orientado alguns casos anteriormente sobre as complicações em pacientes que apresentaram o Acidente Vascular Cerebral. Os médicos espanhóis também têm ficado em alerta sobre o assunto, mas publicações científicas ainda não foram divulgadas para que o problema neurológico fosse confirmado.
Em entrevista ao Estadão, o neurologista Gabriel Freitas informou que teve um paciente que chegou ao hospital com AVC e foi testado positivo para covid-19. Em conversa com médicos da Espanha, ele afirmou que por lá tem sido mais “nítido”. Como medida, o neurologista afirmou que é importante mudar o protocolo: “A recomendação agora é de que todo paciente que chegue com AVC seja investigado para covid“, concluiu.
Coronavírus: como prevenir sua família

Os coronavírus são uma família de vírus conhecida há mais de 50 anos. Tem este nome porque parece uma coroa, se visto no microscópio. Algumas cepas infectam seres humanos, outras infectam somente animais. O novo vírus (2019-nCoV) provavelmente é uma mutação que não atingia humanos e, nos últimos meses, passou de um animal para uma pessoa em um mercado de frutos do mar e animais vivos na cidade de Wuhan, na China. Para se prevenir, a recomendação do Ministério da Saúde é a mesma feita para a prevenção de infecções respiratórias agudas. São elas:
- evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas;
- lavar as mãos com frequência, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente;
- utilizar lenço descartável para higiene nasal;
- cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
- evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
- higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
- não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
- manter os ambientes bem ventilados;
- evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença;
- evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.