A gravidez de gêmeos é uma surpresa por si só: são poucas as mulheres que desde o início da gestação esperam ter mais de um bebê. E carregar dois bebês no útero significa ter cuidado também dobrado e mais visitas ao obstetra, que vai acompanhar de perto a evolução dos bebês e da gestação, até porque o risco de complicações é maior.
Por isso, quanto mais ferramentas e informações os especialistas tiverem, melhor será o acompanhamento da gravidez e da saúde materna. O geneticista Ciro Martinhago, da clínica Chromosome, pai de Pedro e Isadora, desenvolveu um teste genético que detecta o tipo de gravidez gemelar a partir da nona semana gestacional, com 99,9% de precisão.
“Uma gestação gemelar tem pelo menos quatro vezes mais riscos, deformidades e partos prematuros. Saber que a gestante carrega gêmeas é de suma importância para os obstetras que vão acompanhá-la. Saber se os gêmeos são idênticos também é muito importante por causa das complicações. Quem conhece a área sabe que os outros testes que são feitos no mercado podem falhar — eles dizem que você está grávida de uma menina e no fim, a pessoa nem está grávida”, explica Ciro.
Como funciona o teste?
Segundo o especialista, os testes fazem a análise genética baseada em SNP (polimorfismo de nucleotídeo único) e são muito mais específicos e eficazes que os demais. “Eu tenho certeza que estou analisando o DNA daquele feto, aumenta a especifidade”.
Usando apenas uma amostra de sangue da mãe, o teste consegue revelar o tipo de gestação gemelar, além do sexo do bebê: “Ele também identifica alterações no DNA dos bebês, detectando doenças e síndromes com mais antecedência do que qualquer outro exame”.
Através desse DNA é possível identificar também se são dois bebês iguais ou diferentes. “Não digo mais se tem só dois meninos, consigo saber o sexo individual de cada um”, explica Ciro.
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