O coração é um dos primeiros órgãos a se formar durante a gestação. Por isso mesmo, qualquer alteração no desenvolvimento dele pode afetar a vida do bebê. Uma dessas condições é a cardiopatia congênita, um problema presente desde o nascimento e que merece atenção especial.
Apesar de assustar em um primeiro momento, é importante saber que muitas crianças levam uma vida normal, mesmo com o diagnóstico. A seguir, você confere informações essenciais sobre o tema, de acordo com matéria de Cinthia Jardim para a Pais&Filhos.
O que é cardiopatia congênita?
A cardiopatia congênita é uma malformação no coração que surge quando o bebê ainda está no útero. Ou seja, não é algo adquirido durante a vida, e sim uma condição que aparece antes mesmo do nascimento.
Segundo especialistas, ela é uma das malformações mais comuns nos seres humanos, afetando cerca de 1% dos recém-nascidos vivos.
Mas, felizmente, nem todas as cardiopatias trazem complicações. Aproximadamente 30% delas não exigem tratamento e não afetam a qualidade de vida do seu filho. Mesmo assim, o diagnóstico e o acompanhamento médico são essenciais.
Quais são os sintomas?
Os sinais da cardiopatia congênita podem variar bastante de acordo com o tipo e a gravidade. Alguns deles podem ser vistos logo nos primeiros dias de vida e exigem atenção:
- Cianose (lábios e dedos arroxeados)
- Taquipneia (respiração rápida)
- Falta de ar
- Cansaço
- Desmaios
Se você notar qualquer um desses sintomas, procure atendimento médico imediatamente.
Possíveis causas da condição
Nem sempre dá para saber com certeza por que a cardiopatia congênita acontece. Muitas vezes, ela está relacionada a alterações genéticas durante a formação do coração do bebê.
Além disso, existem fatores ligados à saúde da mãe que podem aumentar o risco. Se você tem diabetes, lúpus ou fenilcetonúria, as chances de cardiopatia congênita crescem. Infecções durante a gravidez, como a rubéola, também podem estar associadas à condição.
Quais são os tipos mais comuns?
Existem vários tipos de cardiopatia congênita. Algumas são mais simples e outras são mais complexas. Estas são algumas das mais conhecidas:
- Comunicação Interventricular (CIV)
- Comunicação Interatrial
- Estenose Pulmonar
- Tetralogia de Fallot
- Transposição das Grandes Artérias (TGA)
- Coarctação de Aorta
- Defeito do Septo Atrioventricular (AV)
Cada uma delas tem suas características e exige tratamentos específicos.
É possível viver bem com cardiopatia congênita?
Sim! Muitas crianças com cardiopatia congênita levam uma vida normal. Em alguns casos, podem existir pequenas restrições, principalmente em esportes competitivos. Porém, isso depende muito da avaliação médica.
O mais importante é acompanhar a condição do seu filho de perto e seguir todas as orientações médicas. Assim, ele tem grandes chances de crescer saudável e feliz!
Como é o tratamento?

A boa notícia é que existem diversos tratamentos eficazes para cardiopatia congênita, mesmo para os casos mais graves. Muitos bebês precisam passar por cirurgia ainda no primeiro ano de vida, especialmente quando se trata de condições como Transposição das Grandes Artérias ou Tetralogia de Fallot.
Entretanto, outros casos podem ser só monitorados durante anos, sem necessidade de cirurgia. O uso de medicamentos também é uma opção eficaz para determinados quadros.
Lembre-se de que o diagnóstico precoce e o acompanhamento constante são os fatores principais para garantir que o seu filho tenha qualidade de vida, mesmo com a cardiopatia congênita.
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