O documento, elaborado pelos Departamentos Científicos (DCs) de Imunizações e Infectologia reúne as recomendações oficiais para a imunização de crianças e adolescentes, abrangendo desde o período de nascimento até os 19 anos de idade.
Dessa forma, entre as principais atualizações do ano, destaca-se a ampliação das recomendações de proteção contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), responsável por grande parte das infecções respiratórias e pulmonares em bebês e crianças.
A seguir, saiba mais sobre as atualizações e entenda o que muda na imunização infantil!
Principais mudanças no calendário de vacinação 2025/2026
A atualização da SBP traz uma das mudanças mais significativas dos últimos anos: novas recomendações para a prevenção do Vírus Sincicial Respiratório (VSR), um dos principais responsáveis por infecções respiratórias e pulmonares em recém-nascidos e crianças pequenas.
Além disso, a SBP passa a indicar duas estratégias complementares para proteger os bebês contra o VSR:
Vacinação da gestante, realizada ainda durante a gravidez (Abrysvo, do laboratório Pfizer)
Aplicação do anticorpo monoclonal Nirsevimabe, administrado no bebê logo após o nascimento.
Segundo o novo calendário, ambas as medidas são eficazes por si só, mas há situações em que devem ser associadas.
Abaixo, confira o calendário de vacinação completo:
Calendário de vacinação infantil — Foto: Reprodução SBP
Como deve ocorrer a imunização com o anticorpo monoclonal contra o VSR
Em bebês nascidos de mães vacinadas
Recomenda-se aplicar o anticorpo monoclonal Nirsevimabe – que age contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) – nas seguintes situações:
Quando a mãe é imunodeprimida;
Quando a vacinação da gestante ocorreu há menos de 14 dias antes do parto;
Quando o bebê apresenta condições de maior risco, como doença pulmonar crônica da prematuridade, fibrose cística, erros inatos da imunidade, cardiopatias congênitas ou Síndrome de Down.
Após o nascimento
A imunização com Nirsevimabe deve ser realizada logo após o nascimento, independentemente da sazonalidade, em dose única intramuscular:
50 mg para bebês com menos de 5 kg;
100 mg para bebês com 5 kg ou mais.
Segunda sazonalidade
Na segunda sazonalidade do vírus, a aplicação é indicada apenas para crianças de até 2 anos com maior risco, na dose única de 200 mg, também independente do peso. A SBP ressalta ainda que o anticorpo monoclonal pode ser coadministrado com as demais vacinas do calendário infantil, sem prejuízo da eficácia ou segurança.
Importância de seguir o calendário de vacinação infantil
O presidente do Departamento Científico de Imunizações da SBP, Dr. Eduardo Jorge da Fonseca Lima, reforça que manter a caderneta de vacinação em dia é essencialpara a proteção da saúde das crianças.
Desde 2016, o Brasil vem registrando queda nos índices de cobertura vacinal. A partir de 2023, com a retomada das campanhas nacionais promovidas pelo Ministério da Saúde, houve melhora gradual, mas os índices ainda estão abaixo das metas para a maioria das vacinas.
A desinformação e as informações falsas sobre vacinas têm influenciado diretamente na decisão de muitos pais. Além disso, o sucesso das vacinas ao longo das décadas fez com que várias doenças graves desaparecessem, o que gera a falsa sensação de que a imunização não é mais necessária.
“O risco de as doenças voltarem é real. Sem vacina, não há segurança. Famílias, pediatras e gestores precisam estar unidos — só com o engajamento de todos será possível ampliar as coberturas vacinais no país. É um compromisso coletivo de cidadania”, explica o Dr. Eduardo Jorge.
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