O teste genético pré-implantação para aneuploidia (PGT-A) é o termo geral para testar o mapa cromossômico de embriões. Também chamado de biópsia embrionária, o teste é feito no Brasil em quase 50% dos casos de fertilização in vitro.
O objetivo é identificar, na análise cromossômica dos embriões, se eles têm o número certo (23 pares) de cromossomos (euploides), que são embriões com maiores chances de nascimento, ou se contam com o número errado de cromossomos (aneuploides). Há ainda aqueles embriões chamados “mosaicos”, que apresentam algumas células normais e outras anormais.
Um estudo publicado no Journal of Clinical Medicine destaca que esses exames genéticos de embriões são importantes para quem faz fertilização in vitro e podem ajudar mais mulheres com mais de 35 anos a ter um bebê em menos tempo.
Este é o primeiro ensaio clínico randomizado controlado no mundo a se concentrar exclusivamente em mulheres de 35 a 42 anos, um grupo com maior risco de produzir embriões com anormalidades cromossômicas.

Para mulheres que têm abortos recorrentes (2 ou mais) ou para essas mulheres, com mais de 35 anos, que necessitam de FIV, a triagem de embriões com teste PGT-A pode ajudar.
Embora as diretrizes atuais não recomendem o uso rotineiro do PGT-A, levando as mulheres a realizar esse teste em particular ou a ignorá-lo completamente, as recomendações se baseiam em evidências anteriores de estudos com participantes jovens, nos quais a taxa de aneuploidia, número anormal de cromossomos em uma célula, é menor.
O trabalho mostrou que o teste PGT-A apresentou uma taxa cumulativa de nascidos vivos maior após até três transferências de embriões, com 72% no grupo PGT-A versus 52% no grupo controle. Mulheres no grupo PGT-A conseguiram engravidar em menos transferências, reduzindo o tempo até a concepção, um fator importante para mulheres em idade reprodutiva avançada.
Melhorar a eficiência do tratamento com um tempo menor para alcançar a gravidez e o nascimento vivo pode reduzir o impacto físico e emocional da fertilização in vitro para mulheres em idade reprodutiva avançada.
Nos casos de mulheres com mais de 35 anos ou com abortos recorrentes, o custo do teste PGT-A é mais vantajoso do que ter que repetir as transferências até obter transferir o blastocisto euploide (aquele com maior chance de nascimento).











