Na última semana, Antony Levi Meira dos Anjos, de dois anos e meio, faleceu no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), no Distrito Federal, em decorrência de meningite B. A família do menino acusa o hospital público de negligência, alegando que houve demora no atendimento.
Segundo relatos da mãe, Mayla Raíssa Araújo, o filho apresentou febre, vômitos e diarreia na noite de quinta-feira, 15 de junho. Acreditando tratar-se de uma virose, ela medicou o filho com remédios para diarreia. Por volta das 2h da manhã de sexta-feira, Mayla levou a criança ao HRC em busca de atendimento.

De acordo com Mayla, a funcionária responsável pela triagem avaliou o estado do menino com um oxímetro e afirmou que ele estava bem, sugerindo que poderiam ir para casa. A mãe afirma que não receberam uma pulseira de identificação e que o hospital só estava atendendo casos considerados graves para aquele momento.
Ao chegar em casa, durante a madrugada, a mãe medicou novamente a criança, porém seu estado de saúde piorou. Por volta das 4h, ela decidiu buscar atendimento em um hospital particular próximo, mas a criança teve convulsões e não foi internada. A equipe médica encaminhou Antony novamente para o HRC.

Após a nova internação no Hospital Regional de Ceilândia, o menino foi entubado, mas infelizmente não resistiu e veio a óbito por volta das 5h30 da manhã. O atestado de óbito inicialmente mencionava “causa a esclarecer”, mas posteriormente, o resultado do exame revelou que Antony havia sido vítima de meningite B.
Mayla expressa indignação com o tratamento recebido no hospital, afirmando que seu filho não recebeu o suporte necessário para tentar sobreviver. A direção do HRC alega que o paciente deu entrada na emergência às 2h41 e foi classificado como “laranja”, mas os pais optaram por não esperar o atendimento e deixaram a unidade. O hospital informa que a criança retornou às 4h50 com quadro de parada cardiorrespiratória e foi prontamente atendida, mas o óbito foi constatado.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) está investigando o caso. Enquanto a família acusa os hospitais por negligência, eles ressaltam que Antony estava vacinado contra o tipo C da meningite, mas contraiu a variedade B, para a qual a vacina não estava disponível na rede pública da cidade.
A diretora da creche onde Antony estudava, Jucilene Farias, relatou que a Vigilância Epidemiológica esteve no local para fornecer orientações sobre a prevenção da doença. Ela ressaltou a surpresa diante do ocorrido, já que a criança era saudável e a deterioração de seu estado de saúde foi rápida.

O Ministério da Saúde destaca que a meningite pode ser causada por diferentes agentes infecciosos, como bactérias, vírus, fungos e parasitas. A transmissão ocorre principalmente por meio de gotículas respiratórias e secreções do nariz e da garganta, além da transmissão fecal-oral através do contato com fezes e ingestão de água e alimentos contaminados.
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