Anni Manukyan e o marido Ashot, descobriram que uma desconhecida deu à luz a um filho do casal. O caso aconteceu depois de um erro na clínica de fertilização em Los Angeles, Califórnia, nos Estados Unidos. Os embriões do casal foram implantados em uma desconhecida no Queens, em Nova York. O casal conseguiu encontrar o filho recém-nascido no fim de semana no Dia das Mães.
Depois de algumas semanas de disputas legais e uma audição secreta no Tribunal deixaram Anni e Ashot inseguros se algum dia veriam o bebê. A mulher nova-iorquina, que tem ascendência coreana-americana esperava dar à luz duas meninas, mas acabou dando à luz dois meninos em março, primeiro sinal da grande confusão.
Em uma coletiva de imprensa, os Manukyan afirmaram que um dos bebês eram deles, enquanto o outro era de outro casal. Os californianos alegaram que os embriões foram mal administrados pelo CHA Fertility Center, fazendo com que embriões de estranhos fossem implantados no corpo de Anni em 2018. O procedimento de fertilização in vitro não resultou em gravidez, fazendo com que o casal acreditasse que os embriões haviam sido “perdidos”.
Eles alegam que os funcionários da CHA entraram em contato no começo deste ano, pedindo que eles comparecessem para o que eles chamavam de teste de DNA de cotonete de rotina. Mas o marido de Anni pressentiu que algo estava errado. Dias depois, a clínica deu a notícia de que o casal teve um filho. A CHA implantou dois embriões de famílias diferentes, incluindo uma pertencente aos Manukyans, em uma mulher asiática de Flushing que deu à luz meninos “gêmeos” no dia 31 de março.
“Eu estava prestes a desmaiar”, disse Anni ao NY Post. De acordo com o processo, no entanto, a CHA supostamente queria que o DNA fosse confirmado se um bebê nascido de uma mulher nova-iorquina realmente pertencia aos Manukyans. Depois de jogar a bomba, a clínica se recusou a compartilhar os detalhes da criança com os pais biológicos, citando leis de privacidade.
Os advogados dos pais biológicos do Queens também se meteram em choque. Quando os Manukyans enviaram uma carta avisando que o bebê poderia ter refluxo, como a filha mais velha tinha, os advogados enviaram ao casal uma resposta brusca: “Diga ao seu cliente para não dizer ao meu cliente como cuidar dos filhos”. O casal afirma ter recebido poucas respostas da CHA sobre como essa confusão ocorreu.
“A CHA colocou três famílias em um inferno, e nossas vidas nunca serão as mesmas”, disse Ashot Manukyan ao NBC Los Angeles. “Lutamos para recuperar nosso filho e agora vamos lutar para garantir que isso nunca aconteça novamente”.
O advogado do caso, chamou o caso de “uma das piores tragédias do centro de fertilidade conhecidas até o momento”. E completou “Anni e Ashot depositaram toda a sua fé e confiança no CHA. Em troca, a clínica deu a Anni e a Ashot mentiras, desculpas e mágoa. Não vamos descansar até que essa corporação multinacional seja responsabilizada ”.
Depois de encontros judiciais exaustivos o alegou que a guarda do bebê deveria fica com o casal cujo os embriões pertencem. Uma das ordens incluiu uma breve transição que incluiria duas visitas de seis horas para os Manukyans e seus recém-nascidos no final de semana, antes de uma entrega final.
A história da mãe asiática
Um casal de Nova York está processando uma clínica de fertilidade depois que o local causou a maior confusão na vida deles. A trapalhada teve início quando os funcionários de fertilização in vitro se confundiram e implantaram os embriões de outro casal em uma paciente. A verdade só veio à tona quando a mãe asiática deu à luz a bebês que não se pareciam nada com ela e nem com o marido.
Depois de realizar exame de DNA, descobriam que os bebês eram a combinação perfeita dos genes de outro casal que também estava realizando o tratamento na mesma clínica. A mãe, que é asiática, deu à luz dois bebês não-asiáticos, e cada criança era a combinação genética de um casal diferente que também era cliente da clínica de fertilização, afirma o processo. O casal asiático foi forçado a desistir dos bebês para os verdadeiros pais biológicos.
O casal, identificado apenas como AP e YZ, vive em Nova York, e se casou em 2012. Depois de descobrirem problemas para engravidar, eles decidiram tentar ter filhos por meio da fertilização in vitro, com uma empresa chamada CHA Fertility em Los Angeles, declara o processo. De acordo com a CNN, a clínica não entrou em contato para esclarecer o caso.
A CHA Fertility diz ser uma das “principais redes de tratamento de fertilidade do mundo”, afirma o processo. A clínica diz no site que “cumpriu os sonhos de dezenas de milhares de pais sonhadores” em mais de 22 países. O processo diz que o casal gastou mais de 100 mil doláres, o equivalente a 400 mil reais, para os serviços de fertilização in vitro, incluindo honorários médicos, serviços especializados, medicamentos, despesas de laboratório, custos de viagem e muito mais.
De acordo com o processo, no começo de 2018, a empresa coletou esperma e óvulos de Y.Z. e A.P. e, em seguida, formou cinco embriões, quatro eram do sexo feminino. A primeira tentativa não resultou em gravidez. O casal tentou de novo e ficaram “em êxtase” quando descobriam, em setembro, que a A.P. estava grávida de gêmeos, afirma o processo. Mas, um ultrassom viu que os gêmeos eram do sexo masculino. Isso deixou o casal “confuso” porque havia só um embrião masculino, que não foi transferido para ela, afirma o processo.
Depois dos resultados da ultrassom, eles ligaram para checar se eram de fato dois meninos. A clínica informou que os resultados não eram precisos e que só esse exame não era um teste definitivo para descobrir o sexo. Um casal que passou pela clínica fez o exame e descobriu que iria ter um menino e, no fim das contas, teve uma menina, conta o processo. Quando AP deu luz a meninos gêmeos em março “todo mundo ficou chocado quando souberam que os bebês não eram parentes do casal e nem parentes entre si”. Na verdade, cada bebê era geneticamente relacionado a um casal que também havia tratado com a CHA Fertility, diz o processo.
Por causa disso, AP e YZ foram obrigados a dar os bebês para os pais biológicos. O casal ainda não sabe o que aconteceu com os dois embriões, que de fato pertencem ao casal e, que deveriam ser transferidos para a AP. O processo, apresentado em 1º de julho, diz que o casal sofreu danos físicos e emocionais e acusam a clínica de negligência médica e outras 14 acusações.
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