
Foi-se o tempo em que papinhas industrializadas eram sinônimo de conservantes e produtos químicos – que, aliás, quando se trata da Nestlé é um baita de um mito, já que as papinhas da marca não têm adição desses componentes. “Lá no passado havia havia açúcar nas papinhas – mas isso foi há muitos anos! Não existe mais, o sabor doce é realmente do açúcar da fruta. A adição de sal também é mito, fazemos todo o processo em consonância com a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria)”, esclarece Lívia Reinet, gerente de marketing e consumo da Nestlé.
Conhecemos, em primeira mão, não só o início da atualização das papinhas já conhecidas, mas também acompanhamos todo o processo de produção e fabricação dos produtos. A linha batizada de Naturnes traz às prateleiras dos supermercados brasileiros pela primeira vez opções de papinhas 100% orgânicas. A retirada do amido foi o primeiro passo, que trazia mais consistência, portanto, agora é possível visualizar melhor a textura dos alimentos.

Voamos até São José do Rio Preto e ficamos no meio do caminho para uma das fazendas produtoras e da fábrica da Nestlé. Foram dois dias ao lado do time deles acompanhando todo o processo da batata doce, um dos ingredientes que servem como base para as papinhas orgânicas, que por enquanto são apenas de frutas – a ideia é que a linha seja atualizada gradualmente.
Direto do pé
Visitamos o sítio Nossa Senhora da Paz e a plantação (de 15 hectares!) de batata doce orgânica da família de Luciana Carboni, que fica em Turvínia, em Bebedouro, interior de São Paulo. Por lá, pudemos ver de perto todos os estágios da plantação e até colhemos algumas batatas. “Somos produtores de orgânicos há 20 anos e é com muita alegria que fazemos parte do projeto de papinhas orgânicas pros bebês do Brasil”, ela comenta.

Já que as plantações não têm adição de agrotóxicos ou componentes químicos, os cuidados com a qualidade do alimento começa antes mesmo de plantação, tratando e nutrindo o composto, que vai na terra. O trabalho é praticamente todo manual, e o trator é usado apenas para tirar a terra de cima das batatas e facilitar a retirada à mão.

Além disso, eles têm todo o cuidado com o calendário de colheita e cultivo, para garantir que os alimentos colhidos sejam frescos e de qualidade – prova disso é que os frutos são retirados da plantação e levados à fábrica em, no máximo, 48 horas!
“A gente escolhe produtores que ficam mesmo em volta da fábrica pra ter esse alimento bastante fresco pra oferecer pro consumidor”, explica Lívia. E foi exatamente isso o que vimos por lá. A batata doce que colhemos num dia, já estava na linha de produção no outro.
Mão na massa

Depois de acompanhar o dia de colheita, a gente já começa entender que os critérios são parte importante do processo para Nestlé e que são todos levados muito a sério. E na fábrica isso fica ainda mais claro. Pra começar, a gente tem que usar jaleco especial, touca, óculos, bota, luva e um fone, além de tirar todas as jóias e acessórios para poder entrar na linha de produção.

Acompanhamos o processo com a batata doce, que de cara passa por uma máquina que primeiro lava, com água mesmo, pra tirar os resíduos, e depois passa no vapor bem quente, para tirar a casca. Depois disso, ela passa por uma esteira em que os funcionários tiram, à mão, machucados ou manchas que o alimento pode ter – parecido com o que fazemos em casa quando vamos cozinhar, só em em grande escala (mesmo!).
Seguindo o processo, os legumes são pesados e divididos nas quantidades certas para cada receita, assim como é feito com a adição de água. Depois, eles vão para espécies de panelas de pressão (só que enormes), onde são cozidos e passam em peneiras de diferentes tamanhos.
O poder do “ploc”
Antes de receber as papinhas, os potes de vidro passam por mais de uma verificação em que pessoas e máquinas checam a qualidade do vidro, se têm rachaduras ou partes tortas, além do teste de temperatura e higienização. Após essa etapa, eles estão liberados para receber o alimento e serem fechados à vácuo – que é o que garante a durabilidade do produto, já que não têm conservantes -Fizemos uma enquete no nosso Instagram e 83% dos nossos seguidores não sabiam que as papinhas da Nestlé não tinham conservantes! E é por isso também que é tão importante que os potes estejam em perfeitas condições, assim não colocam em risco a validade das papinhas.

Depois, os potes passam por tratamento térmico, que esteriliza e garante que sejam conservados fora da geladeira. Eles recebem o rótulo, que é transparente, e o carimbo de validade. Mas, não pense que acabou, não! Depois de sete dias de todo esse processo, as papinhas passam por nova checagem, para ter certeza de que estão com vácuo.
E toda essa preocupação existe porque mesmo que sofram algum tipo leve de atrito, os potes precisam manter o vácuo para que o alimento esteja seguro para consumo. E, para ter certeza disso, fica a dica: quando abrir o pote, você vai ouvir “ploc”, e essa é a prova de que a papinha está bem conservada.

Na prática
Claro que depois de acompanhar todo o processo nós fomos degustar a papinha Naturnes. Disponível nos sabores banana, maçã, uva com banana e goiaba com banana, os produtos impressionam não apenas pelo sabor, mas pela textura fiel às frutas (veja nas fotos abaixo).

“Foi um árduo trabalho de desenvolvimentos dos microprodutores pra gente ter realmente um produto de qualidade e 100% orgânico. E isso é um motivo de muito orgulho pra nós”, completa Lívia. A linha Naturnes já está sendo comercializada e a ideia é que ela substitua a linha convencional gradualmente. Nós provamos, aprovamos e já estamos ansiosos pelos novos sabores!
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