
Já planejou como vão ser as férias em família? Calma que ainda dá tempo! Viajar com crianças exige um planejamento enorme, então montar um roteiro com passeios, brincadeiras, hotéis, restaurantes e atividades é essencial. Organizar tudo isso pode ser um desafio enorme para os pais e para quem tem crianças autistas, os cuidados precisam ser redobrados para que nenhuma experiência seja traumática.
Com várias dicas, viajar com crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode sim ser uma descoberta muito gratificante para toda a família e garantir momentos recheados de pura diversão. Amanda Ribeiro, diretora da Incluir Treinamentos e especialista em Intervenção Precoce do Autista, é mãe do Arthur, de três anos, e compartilhou as experiências de viagem e vários conselhos incríveis para os pais.

“Tudo é novo e desconhecido, mas tento manter algumas rotinas que temos em casa para ele se sentir bem, como a hora da soneca. Ficar o mais próximo dos horários de costume para comer e dormir é importante. No caso do banho, as crianças não conhecem o chuveiro do hotel, ou da casa, então, dependendo da idade é importante levar uma piscina inflável ou banheiros e os brinquedos que elas já estão acostumadas”, explicou.
Para as crianças que fazem terapias regularmente, a ausência de uma rotina pode causar situações de estressa, mas Amanda ressaltou que ver lugares diferentes, aprender palavras novas e dar o gosto da curiosidade, pode fazer com que as crianças gastem bastante energia.

“A vida dos pais de crianças com TEA gira praticamente em torno de evitar crises e comportamentos inadequados. Durante as viagens é essencial que o roteiro seja organizado e tenha atividades que a criança goste. Uma boa adaptação do ambiente, reforço positivo e dar previsibilidade para a criança é o segredo para que a sua viagem seja tranquila e muito divertida”, ressaltou.
Com mais uma dica valiosa, Amanda falou sobre o quão importante é respeitar os limites das crianças. Uma ideia, é começar com destinos mais próximos, que tenham poucas horas de viagem e mais calmos, sem barulhos excessivos e agitações. “Crie roteiros que incluam atividades para crianças e dividam o tempo entre a diversão adulta e infantil. Não importa como será a viagem, o que vai torná-la inesquecível ou estressante é a maneira como os pais vão encará-la”, concluiu.
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