Renata Rodrigues, mãe de Clara, resolveu fazer um desabafo nas redes sociais depois de sua filha de 10 anos ser proibida de participar de um campeonato nacional de futsal, que acontece do dia 23 a 27 de julho em Santa Catarina, com seu time por ser uma menina. Ela decidiu fazer um abaixo-assinado, que já tem mais de 2 mil assinaturas em apoio a garota!
No Instagram, Renata contou que clara joga futebol desde os 7 anos e hoje, atua como goleira do seu time. A menina sempre esteve nos times masculinos, já que nunca encontrou um feminino para atuar. “Não é fácil compartilhar esse vídeo, mas sei o quanto tem sido difícil pra ela ver todos os amigos se preparando pra viajar e ela aqui com planos frustrados. Sempre muito disciplinada, esforçada, dedicada enfrentou todos os obstáculos de dentro e fora de quadra”, inicia o desabafo.
“No início os colegas não confiavam no potencial dela, uns pais apoiaram, outros não. Já foi ameaçada dentro de quadra por um colega de equipe, que se ela driblasse ele novamente, ele bateria nela. Mas aos poucos tudo foi mudando, eles passaram a respeitar ela em quadra, e finalmente se integrou ao time de verdade”, relembra a mãe.
“Hoje já joga em outra equipe, todo o esforço em mostrar seu potencial tem que ser feito de novo, mas nada a abalou, nem antes, nem durante, nem depois. O que mexeu no fundo dos seus sonhos foi ter sido impedida pelo simples fato de ser mulher. Ela se planejou pra isso, fez doces pra vender e arrecadar uma ajuda pra passagem, sonhou participar, e ainda sonha, tirou notas boas na escola, que era uma das condições para participar (antes de sabermos que ela não poderia por ser menina). Agora como uma mãe pode olhar nos olhos de uma filha e explicar o real motivo do não? Ela fez tudo o que estava ao alcance para ir, mas não pode!”, finaliza.
A garota estava muito animada com a competição e começou inclusive a vender doces para poder juntar dinheiro para custear a viagem. “Fico muito triste porque não posso jogar no campeonato que eu tanto quis por eu ser menina. Eu faço parte do time, mas eu não posso jogar. Dou meu melhor e eu quero ir, os meninos também querem isso, tá acontecendo com várias meninas, eu continuo lutando”, disse Clara no vídeo publicada pela mãe.
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