As crianças são especialistas em se expressar livremente. Sem as inúmeras restrições que o mundo impõe nas fases da adolescência e da vida adulta, elas conseguem ser quem realmente são de uma forma muito pura.
Por isso mesmo, é interessante incentivar essa autoexpressão por meio de manifestações artísticas, como a dança.
As vantagens dessa atividade para as crianças são muitas: desde a capacidade de evolução até a consciência corporal, seu filho pode aprender habilidades valiosas para o resto da vida — e ainda se divertir no meio do caminho!
Para explicar o impacto da dança no dia a dia infantil, conversamos com a professora Monalisa Pizzolato, que atua na área há quase 30 anos. Logo abaixo, você confere alguns trechos desse bate-papo.
Benefícios emocionais
Monalisa explica que a dança é uma forma de arte muito relacionada às individualidades de cada pessoa: “A dança lida com sentimentos. A gente consegue perceber a personalidade de cada um”, explica.
Além disso, a professora fala sobre como a atividade é uma forma de estar em desenvolvimento constante por meio da busca pela evolução pessoal. Isso é válido especialmente para crianças, que aprendem, dia a dia, a se tornarem cada vez mais independentes.
“Você vai se desafiando de pouquinho em pouquinho, vai ganhando força, maturidade no movimento e vai conseguindo fazer”, conta a professora. Ela também lembra que a dança causa uma grande sensação de prazer, devido à liberação de endorfinas e adrenalina.
De acordo com Monalisa, isso vale para alunas com diversos tipos de personalidade, desde as mais tímidas até as mais extrovertidas. O objetivo é que todas elas se motivem a partir do gosto pela atividade e pelas conquistas.
Foco e disciplina
Se uma criança quer desenvolver suas habilidades, ela precisará praticar muito e ter um bom nível de disciplina. Segundo Monalisa, o primeiro pré-requisito para essa jornada é mais simples do que se imagina: amar a dança. “As crianças têm que gostar. Elas têm que vir para a Academia gostando”, diz a professora.
Ela fala também sobre como o foco é importante, especialmente em um contexto de apresentações. “É uma aula diferente em que tem que ter um pouco mais de disciplina na parte coreográfica para fazer os passos corretamente”, discorre.
Mas o mais interessante é que essa vontade de fazer bonito é bem equilibrada com a empatia e o respeito ao aluno. A professora completa: “A gente tem que, como professor, saber puxar o melhor da criança de uma maneira que ela se sinta desafiada, mas ao mesmo tempo, sem humilhá-la”.
A importância do lúdico
O ensino de dança para crianças pode começar ainda na fase da primeira infância. Monalisa, por exemplo, inicia a formação infantil com a categoria “baby class”, que recebe crianças de 2 a 3 anos.
Para captar o interesse dessas alunas tão jovens, ela ressalta a importância de usar elementos lúdicos para deixar as aulas divertidas e atrativas. Assim, também é possível fortalecer habilidades que serão importantes mais para a frente.
“Eu não vou conseguir colocar [a aluna] numa barra [com] a rigidez do balé. A criança, a partir dos 2 ou 3 aninhos, sabe dançar, sabe pular e vai aprender consciência corporal“, esclarece.
Ela também destaca que duas modalidades mais recentes na Academia passaram a ser essenciais nessa missão: “No finalzinho das aulas, elas treinam a parte de força e flexibilidade no tecido [acrobático] e na lira, que agregam ao balé também”.
Alternativa às telas

Em meio a um mundo tão hiperconectado e cheio de telas, Monalisa reforça a importância da dança como uma atividade que incentiva as crianças a se movimentarem e saírem do celular.
“Para sair da tela, para você aprender a ter um pouco mais de paciência, de resiliência, nada melhor do que a dança”, defende a professora.
Além disso, ela fala sobre como o movimento já está na natureza das crianças, e que é muito benéfico deixá-las livres para explorar a dança: “A criança nasce com esse desejo de se movimentar, de dançar, de escutar música. Tudo dentro do seu processo de aprendizado”.
Uma forma de conexão social
Quando perguntada sobre o aspecto social da dança, Monalisa destacou que a arte carrega um grande potencial de formação de comunidades. “A dança une para a vida. A gente tem esse cuidado, esse carinho, esse acolhimento”, reflete.
A professora também conta que, nesse sentido, a tecnologia é uma boa aliada. Ela mencionou o caso de uma aluna que se mudou para os Estados Unidos, mas continuou fazendo aulas na Academia de forma online. Ou seja, mesmo em locais diferentes, a comunidade criada por meio da arte continuou viva.
Para finalizar, Monalisa reflete sobre a importância do movimento para encontrar o equilíbrio na vida: “Movimento é vida. Para você manter o equilíbrio, você tem que se movimentar. É fundamental para a evolução de cada um”.
Sobre a professora
Monalisa Pizzolato é professora de dança e música. Seu sonho de ensinar começou aos 6 anos, quando iniciou os estudos de balé clássico e piano.
Formou-se no magistério e no Conservatório de Música de Campinas, complementando com a formação em Educação Física para agregar seus conhecimentos em dança e esporte.
Inaugurou a Academia Monalisa Pizzolato, em Jundiaí/SP, em 1996. Inicialmente, as aulas do estabelecimento eram voltadas apenas para música e dança, mas, na pandemia, expandiu as atividades da escola também para a área fitness.
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