Bebês prematuros exigem atenção e cuidados redobrados com a saúde. Um dos riscos após o nascimento é o de cegueira devido a uma doença chamada retinopatia da prematuridade.
A seguir, você confere informações sobre como identificar e tratar essa condição, segundo matéria de Fernanda de Andrade para a Pais&Filhos.
O que é a retinopatia da prematuridade?
A retinopatia da prematuridade (também conhecida como ROP) é uma doença que pode se manifestar em bebês prematuros. Ela acontece quando os vasos sanguíneos da retina não se desenvolvem de forma adequada. Isso ocorre, por exemplo, devido a alterações nos níveis de oxigênio.
Além disso, há uma relação entre o número de bebês com essa condição e o cuidado neonatal que eles recebem. Isso porque o recém-nascido depende dos recursos do local onde nasce. Então, quanto mais desenvolvidos são esses centros de saúde, maior é a chance de sobrevivência de prematuros com baixo peso extremo e menor idade gestacional, que são mais propensos a desenvolver a patologia.
Quais são os sinais dessa doença?
Os sinais mais comuns são alterações na formação dos vasos da retina. Porém, em casos graves, pode haver até descolamento dessa parte do olho.
É importante saber que os casos de ROP não podem ser diagnosticados na gravidez. Isso porque os sintomas só são identificados em prematuros na hora do nascimento. Já o diagnóstico é feito a partir do exame de fundo de olho. Essa análise deve ser realizada por um oftalmologista experiente no tratamento de bebês prematuros para evitar danos mais graves.
Como tratar?
Na maioria das ocorrências, não é necessário fazer intervenções, apenas manter acompanhamento com o oftalmologista. Contudo, os pacientes que precisam de tratamento devem recebê-lo o mais rápido possível, evitando descolamento de retina e perda de visão.
Sobre o prognóstico, a tendência é que os sintomas diminuam gradualmente e não apresentem risco à visão na vida adulta. Porém, em casos mais graves, o paciente pode ter perda visual significativa ou cegueira.
Quais são as iniciativas de conscientização?
Hoje existem opções adequadas e eficazes para o cuidado de bebês prematuros com ROP. Uma delas é o Estudo FIREFLEYE, que representa uma alternativa ao tratamento tradicional com laser. Ele é mais simples e não exige sedação do recém-nascido.
Mesmo assim, muitos pais ainda têm dúvidas sobre como garantir o acesso ao tratamento. De acordo com o Conselho Nacional de Saúde (CNS), todo paciente hospitalizado tem direito a receber a medicação necessária. Então, é essencial compartilhar informações para assegurar a qualidade de vida dos bebês prematuros no presente e no futuro.