Criança

Sociedade Brasileira de Pediatria lista medidas de segurança para a volta às aulas presenciais

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Publicado em 05/06/2020, às 14h03 por Helena Leite


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SBP cria documento a respeito da volta às aulas (Foto: Getty Images)

Muitos pais estão ansiosos para a retomada das aulas presenciais, afinal, ter que cuidar das tarefas domésticas, administrar as aulas online e ainda cumprir o horário do home office não é nada fácil. Mas você já parou para pensar como será a rotina quando as aulas voltarem a ser presenciais? A Sociedade Brasileira de Pediatria antecipou algumas recomendações a respeito da volta às escolas.

“Estamos olhando a questão educacional de forma abrangente, considerando o impacto da pandemia sobre o processo de aprendizagem e os caminhos para a retomada, que deverá acontecer em algum momento”, afirma a dra. Luciana Rodrigues Silva, presidente da SBP. “Nossa tarefa é orientar os pediatras, levando informação qualificada, para que possam apoiar os pais e seus pacientes nesse desafio. As escolas precisam preparar o retorno com antecedência, observando questões técnicas muito importantes”.

Unindo a área educacional com as necessidades para manter a saúde, a SBP estabeleceu um roteiro que aponta soluções ao desafio de manter a atividade escolar em meio à pandemia. As dicas foram reunidas em dois documentos, divulgados por eles nesta semana. Neles, além de  reforçar as melhores práticas enquanto as crianças cumprem a jornada escolar à distância, a entidade oferece ferramental para que as escolas possam planejar e organizar com antecedência a volta às escolas.

Preparada pelos Departamentos Científicos de Imunizações e Infectologia, a nota de alerta “COVID-19 e a volta às aulas” destaca um conjunto de premissas a serem observadas. Entre elas, destaca-se a importância de pais e professores buscarem informação qualificada sobre a COVID-19 e a recomendação de que crianças e profissionais da educação, se doentes, não frequentem a escola.

A entidade também sugere que a escola amplie a oferta de locais para a lavagem das mãos, assim como o provimento de água, sabão e álcool em gel e que aumente a frequência da higienização de espaços e superfícies. A SBP aponta que deve ser dada preferência às atividades ao ar livre e que as escolas devem propiciar ambientes arejados, mantendo as janelas abertas

Número reduzido 

A entidade recomenda também a manutenção das medidas de distanciamento social na escola, pela redução do número de pessoas no mesmo espaço e ao mesmo tempo. Para isso, em um primeiro momento, o número de alunos por sala deve ser reduzido: os alunos podem ser divididos em grupos que se alternem entre a atividade presencial e à distância, de acordo com as disciplinas curriculares.

A nota técnica também sugere que seja estabelecido maior espaçamento entre os alunos dentro da sala de aula, de acordo com a realidade de cada escola, idealmente com espaço mínimo de um metro entre as mesas.

Além disso, o documento aborda as medidas para uma limpeza e desinfeção eficazes da escola: a recomendação é que os ambientes sejam limpos pelo menos uma vez ao dia e que as áreas de maior circulação de pessoas, assim como dos objetos mais tocados (maçanetas, interruptores, teclados, etc.), sejam desinfetados com mais frequência ao longo de cada período.

Aprendizado na quarentena 

A entidade também avaliou os impactos e possíveis consequências da pandemia no processo de aprendizagem de crianças e adolescentes, refletindo sobre os desafios e demandas colocados para pediatras, pais e educadores nesse período em que os alunos cumprem a jornada escolar em casa.

Preparada pelo Departamento Científico de Saúde Escolar da SBP, a nota de alerta “O ano letivo de 2020 e a COVID-19” aborda o novo cenário criado pela crise sanitária e oferece informações valiosas para que os médicos possam apoiar e orientar crianças, adolescentes e seus familiares.

No documento, a entidade avalia que as escolas passaram a atuar usando modelos e técnicas diferentes dos habituais, com consequências ainda desconhecidas sobre a aprendizagem. “Cabe ao pediatra orientar para a manutenção de um ambiente equilibrado e favorável para a continuidade das aprendizagens escolares, atentando para as necessárias adaptações da rotina familiar. Nesse momento, o trabalho dos professores e o esforço das escolas não devem ser criticados negativamente”, destacam os especialistas.

Ainda de acordo com o DC de Saúde Escolar, as atividades não presenciais, impostas pela quarentena, o isolamento e o distanciamento social são apenas uma parte, muito importante, do problema global. A exigência legal de cumprir um mínimo de dias letivos provocou alterações drásticas no calendário escolar, com antecipação de férias e oferta de atividades remotas.

No entanto, a indefinição de quando as aulas presenciais irão retornar fazem supor que tais medidas serão insuficientes para garantir um ano letivo com qualidade. O contato remoto tem o potencial de mudar a relação entre as escolas e as famílias, com repercussões variadas (eventualmente, algumas podem até ser positivas, mas, a maioria, negativas ou incertas), criando mudanças nas rotinas das crianças e adolescentes. “Tais mudanças terão impacto no rendimento escolar no curto e médio prazo e poderão afetar a saúde física e mental dos estudantes”, salienta trecho do documento da SBP.

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