• Notícias
  • Família
  • Criança
  • Bebês
  • Gravidez
  • Quem Somos
    • Termos de Uso
    • Fale Conosco
    • Política de Privacidade
Sem resultado
Veja todos os resultados
pais e filhos
  • Notícias
  • Família
  • Criança
  • Bebês
  • Gravidez
  • Quem Somos
    • Termos de Uso
    • Fale Conosco
    • Política de Privacidade
Sem resultado
Veja todos os resultados
pais e filhos
Sem resultado
Veja todos os resultados
Início Família

A realidade invisível das mães de pessoas com deficiência: entre a sobrecarga e a falta de apoio

Por Duda Vieira
10/05/2025
Em Família
(Foto: Freepik)

(Foto: Freepik)

Share on FacebookShare on TwitterEnviar

Elas estão em todos os lugares, mas quase ninguém fala sobre elas. São mulheres que dedicam suas vidas ao cuidado de filhos com deficiência e, muitas vezes, fazem isso sozinhas, enfrentando uma rotina puxada, repleta de obstáculos e pouca ou nenhuma rede de apoio. Neste Dia das Mães, é hora de voltar o olhar para quem encara jornadas duplas, triplas e, muitas vezes, solitárias no cuidado com filhos com deficiência.

Segundo o IBGE, 18,6 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência. Em muitos casos, quem está na linha de frente dos cuidados são as mães. Elas enfrentam noites em claro, consultas médicas frequentes, terapias, burocracias e uma carga emocional enorme — tudo isso, muitas vezes, com o abandono do parceiro e a ausência do Estado.

Cuidar é amor, mas também é trabalho

“Todo o sacrifício feito por essas mães merece reconhecimento e suporte. É urgente que o Estado as reconheça não apenas como cuidadoras, mas como cidadãs de direitos plenos, que precisam de apoio psicológico, financeiro e estrutural”, afirma o Defensor Público Federal André Naves, especialista em inclusão social.

A sobrecarga é real: muitas mães deixam o mercado de trabalho para cuidar integralmente dos filhos, abrem mão da própria saúde e bem-estar e ainda se sentem invisíveis diante das políticas públicas. De acordo com Naves, “a sociedade transfere de forma injusta e quase exclusiva a responsabilidade do cuidado para essas mulheres, o que perpetua desigualdades e as silencia”.

LeiaMais

“Minha mãe dormia com meu marido há 22 anos, e ele é o pai dos meus irmãos”

Dia das Mães: o fardo invisível que faz muitas mães organizarem sua própria celebração

3 de maio de 2025
Síndrome do coração partido: entenda por que as mulheres são mais afetadas

Cuidar de tudo cansa: como a pressão por ser uma mãe ou pai perfeito afeta sua saúde

24 de abril de 2025
Síndrome do coração partido: entenda por que as mulheres são mais afetadas

Ansiedade atinge mais de 33% das mulheres: entenda os sinais e como buscar ajuda

6 de abril de 2025
90% dos pais estão perdendo o sono por conta do estresse do cuidado, aponta pesquisa

90% dos pais estão perdendo o sono por conta do estresse do cuidado, aponta pesquisa

11 de fevereiro de 2025

Projetos de lei podem mudar esse cenário

Hoje, o Governo Federal oferece o auxílio-inclusão apenas para pessoas com deficiência que trabalham e ganham até dois salários mínimos. Mas e as mães que não podem trabalhar porque precisam cuidar integralmente dos filhos?

Dois projetos de lei tramitam com propostas que podem mudar essa realidade. O PL 461/24 propõe o Programa Auxílio Cuida Mais, que prevê o pagamento de R$ 1 mil mensais para quem cuida de pessoas com deficiência que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Já o PL 1.179/2024, chamado de Cuidando de quem Cuida, quer garantir acompanhamento psicológico e terapêutico para essas mães, além de atenção à saúde integral.

Mães de pessoas com deficiência podem ter mais suporte com projetos que incluem renda e saúde mental (Foto: Freepik)

Uma história que representa muitas

Helena Zynger é uma dessas mães. Há mais de 50 anos, ela cuida da filha Denise, que tem deficiência intelectual e passou a vida enfrentando desafios — das convulsões na infância às dificuldades com escolas que se diziam inclusivas, mas não estavam preparadas na prática.

“Precisei adaptar tudo para cuidar dela. Como mãe, uma das coisas que sempre considerei mais importantes era que, mais do que aprender apenas na escola, ela soubesse se virar sozinha, com autonomia. Então, passei a valorizar mais isso no seu dia a dia. Denise participa do Chaverim desde 1999 e isso tem feito muito bem para ela. Apesar de tímida, é muito carinhosa, e hoje em dia já se comunica melhor e aproveita muito mais as atividades. É uma mulher e filha maravilhosa: proativa, doce e muito carinhosa”, conta Helena.

O Grupo Chaverim, em São Paulo, é um dos exemplos de como iniciativas locais podem fazer a diferença. Além de promover atividades para pessoas com deficiência intelectual e psicossocial, também acolhe mães e famílias.

O que essas mães realmente precisam

Não faltam demandas — e elas são muito mais que justas. Confira algumas das principais reivindicações dessas mulheres:

  • Reconhecimento do cuidado como trabalho: políticas públicas que garantam um salário ou aposentadoria especial para quem cuida.
  • Rede de apoio estruturada: com psicólogos, terapeutas, educadores e cuidadores para apoiar as famílias.
  • Educação inclusiva de verdade: com profissionais preparados, transporte adaptado e acessibilidade garantida.
  • Saúde pública especializada e contínua: com acesso a terapias, medicamentos e profissionais especializados.
  • Empregabilidade com flexibilidade: programas que permitam jornada reduzida ou trabalho remoto para mães atípicas.
  • Moradia e transporte acessíveis: prioridade em políticas habitacionais e adaptação do transporte público.

É hora de agir

A Defensoria Pública da União tem atuado para garantir os direitos dessas famílias, por meio do Grupo de Trabalho Atendimento à Pessoa Idosa e à Pessoa com Deficiência (GT-PID). Em alguns estados, como Minas Gerais, surgem iniciativas como incubadoras públicas para empreendimentos populares voltados a mães e cuidadores de PcDs, um passo importante para oferecer autonomia e renda.

“Precisamos de políticas públicas baseadas em evidências, que escutem as demandas dessas mães e transformem o seu cotidiano”, reforça André Naves. “Isso significa garantir renda, acesso à saúde e oportunidades reais de autonomia.”

Neste Dia das Mães, mais do que flores ou homenagens, essas mulheres precisam ser vistas, ouvidas e apoiadas de forma concreta. Porque cuidar é um ato de amor, mas também é um trabalho — e nenhum trabalho deveria ser feito sozinha.

Tags: Mãesmães atípicaspcdspessoas com deficiênciapolíticas públicassobrecarga
Compartilhar5Tweet3Compartilhar1Enviar
A realidade invisível das mães de pessoas com deficiência: entre a sobrecarga e a falta de apoio
Família

A realidade invisível das mães de pessoas com deficiência: entre a sobrecarga e a falta de apoio

Por Duda Vieira
10 de maio de 2025
0

Elas estão em todos os lugares, mas quase ninguém fala sobre elas. São mulheres que dedicam suas vidas ao cuidado...

Leia maisDetails
Como manter o efeito da escova progressiva por mais tempo?

Como manter o efeito da escova progressiva por mais tempo?

9 de maio de 2025
Angélica quebra o silêncio após crise online e revela como tenta proteger seus filhos

Angélica quebra o silêncio após crise online e revela como tenta proteger seus filhos

9 de maio de 2025
O que está acabando com seu colágeno? Veja 6 vilões do envelhecimento precoce

Cuidados com a pele no pós-parto: como ajustar a rotina de beleza

9 de maio de 2025
Horóscopo do dia! O que os astros revelam para você

Leão e os signos do zodíaco em 2025! Curiosidades, personalidade e previsões

9 de maio de 2025
  • 18º Seminário Internacional Pais&Filhos – Mãe (não) é tudo igual
  • Fale Conosco
  • Página Inicial
  • Política de Privacidade
  • Quem Somos
  • Termos de Uso

© Brasil MN Manchete Editora 2023 - Todos os direitos reservados | Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

Sem resultado
Veja todos os resultados
  • Notícias
  • Família
  • Criança
  • Bebês
  • Gravidez
  • Quem Somos
    • Termos de Uso
    • Fale Conosco
    • Política de Privacidade

© Brasil MN Manchete Editora 2023 - Todos os direitos reservados | Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.