Love What Matters é uma plataforma na qual as pessoas mandam as suas histórias da vida real. Foi assim que ficamos sabendo da história da americana Beka Stephens, de 29 anos e sua gravidez de risco.
Ela conta que se apaixonou por sua filha, Isabella, desde o momento que viu as duas linhas rosas no teste de gravidez. “Eu e meu marido estávamos tão animados, porque já queríamos um bebê faz um tempo, e ela era a nossa primeira“.
O primeiro trimestre da gravidez foi difícil. “Eu tive enjôos matinais o dia todo, todos os dias, a ponto de não conseguir sair do sofá ou comer”. Mas isso logo passou com as prescrições médicas que teve para cuidar do caso. À partir do segundo trimestre, tudo estava muito melhor e ela já estava com as energias renovadas.
As coisas começaram a mudar por volta do sétimo mês de gestação. Quando Isabella se moveu ou chutou suas costelas, a dor foi tão grande que quase a deixou de joelhos. “Ao ligar para a enfermeira de plantão no meu obstetra primário, ela me disse que tudo era normal no terceiro trimestre e que eu não deveria me preocupar. ‘Beba muita água e descanse um pouco.’”
Nos dias seguintes, outros sintomas foram aparecendo: inchaço nos pés e tornozelos e pressão muito alta. Poderiam ser coisas normais para grávidas, mas mesmo assim, quis fazer alguns exames laboratoriais.
O dia 14 de agosto chegou, e mal sabia ela que seria o melhor e pior dia de sua vida. “Eu estava tomando café naquela manhã com meu marido quando recebi uma ligação do meu médico”. Ele informaria que Beka estava com um quadro severo de pré-eclâmpsia, e provavelmente iriam levar sua filha nas próximas 24 horas.
Para quem não está familiarizado com o termo pré-eclâmpsia, explicamos: é uma condição que pode prejudicar a função renal e hepática e causar problemas de coagulação sanguínea, edema pulmonar (fluido nos pulmões), convulsões e, em formas graves ou não tratadas, morte materna e infantil. A pré-eclâmpsia afeta o fluxo sanguíneo para a placenta, muitas vezes levando a bebês menores ou nascidos prematuramente.
Ela tinha sido diagnosticada com síndrome HELLP, que é uma forma de pré-eclâmpsia com risco de vida. A síndrome HELLP é uma complicação da gravidez com risco de vida, geralmente considerada uma variante da pré-eclâmpsia. Ambas as condições geralmente ocorrem durante os últimos estágios da gravidez, ou às vezes após o parto.
A taxa de mortalidade global da síndrome HELLP foi relatada como sendo muito alta, 25%. É por isso que é essencial esperar que as mães estejam cientes da condição e dos sintomas para que possam receber diagnóstico e tratamento precoces. Um a cada 20 mulheres são diagnosticadas. Beka era uma em 20.
Isabella teve que ser retirada as pressas. “Ela tinha apenas 0,9 quilos, 300 gramas e 40 centímetros de comprimento. O menor bebê que eu já vi. Eu entrei e saí quando eles terminaram de me costurar e me levaram de volta para o meu quarto”, conta Beka.
A mãe ficou no hospital por cinco dias, enquanto sua filha teve que ficar por 36 dias. A cada dia ela ficava melhor até que finalmente ficou boa o suficiente para ter alta. Hoje em dia ela está em um peso normal e saudável.
“É algo que você realmente não pensa até que isso aconteça com você. Eu me esforcei em me sentir culpada por deixá-la e sentir como se meu corpo tivesse me traído. A única coisa que meu corpo deveria fazer naturalmente era carregar meu bebê com segurança e isso me decepcionou”.
Em vez de relaxar em casa depois do parto e cuidar do seu bebê e dela mesma, Beka levantava todos os dias para ir ver sua filha que estava sendo cuidado por outras pessoas. “Nada disso parecia justo”, diz ela que completa: “Eu sou grata todos os dias pela minha pequena e forte bebê guerreira”.
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