Neste domingo, 20 de novembro, a apresentadora Ana Hickmann compartilhou com seus seguidores, atravez de seu canal de transmissão no Instagram, como estão sendo os últimos dias após denunciar a agressão do marido, o empresário Alexandre Correa.
Nas mensagens, ela acabou contando que está lutando para voltar a ser feliz. “Oi, turma. Preciso dizer que hoje foi um dia bom. Junto com meu filho pela primeira vez conseguimos sorrir um pouco. Os dias estão muito difíceis, mas essa mãe aqui está lutando”, disse.
Ana Hickmann também dividiu um momento íntimo em família, em que viu o quanto seu filho, Alexandre Jr., de 9 anos, quer protegê-la. “Hoje na oração do meu filho, ele pediu pro Papai do Céu ajudar a mamãe a resolver todos os problemas. Tenho mais que um filho, tenho um anjo na minha vida. E que me enche de energia pra seguir”, desabafou.
Para finalizar, ela demonstrou que está se esforçando para seguir em frente. “Não sou super mulher. Mas queria dizer que não vou baixar a guarda. Muito obrigada por todo o apoio de vocês.”
Filho presenciou a agressão
Criança nenhuma deveria ter contato com violência, seja ela sofrida ou presenciada contra outra pessoa. Ainda que haja a intenção de educar, castigos físicos jamais serão o melhor caminho. Além disso, agressões (incluindo as verbais) podem interferir diretamente no desenvolvimento do seu filho, causando traumas psicológicos duradouros.
Mesmo assim, casos de maus tratos e violência contra crianças e adolescentes crescem no Brasil, enquanto situações de violência doméstica contra mulheres muitas vezes são presenciadas pelos filhos – como aconteceu com a família de Ana Hickmann recentemente.
No dia 11 de novembro deste ano, a apresentadora foi à delegacia para dar queixa do marido, que pressionou seu braço contra a porta e a ameaçou com cabeçadas após uma discussão. Tudo isso ocorreu na frente do filho, e por isso a agressão contra ele também fará parte da investigação do caso.
Por mais que uma criança não tenha sido diretamente envolvida por meio de toques físicos, presenciar esse tipo de situação é suficiente para que ela seja afetada. “Quando a criança é muito pequena ela tem dificuldade de entender a agressão, mas isso não significa que isso não gere impacto a ela. Com o passar do tempo ela pode desenvolver medo do agressor, mudanças de comportamento que prejudicam seu desenvolvimento cognitivo e no futuro, relações sociais também”, explicam as psicólogas especialistas em saúde mental de crianças e adolescentes Nathalia Heringer e Ariádny Abbud.
Como a exposição à violência afeta uma criança
As psicólogas explicam que uma criança tem um cérebro imaturo – sua maturação acaba por volta dos 22 anos. Dessa forma, estar em um ambiente violento (seja presenciando discussões, brigas ou violência física, por exemplo) é perigoso para o desenvolvimento cognitivo e emocional.
“O estresse precoce impacta o eixo HPA que torna a criança mais suscetível a estresse e ansiedade, por exemplo, além de ser um fator de risco para desenvolvimento de transtornos mentais na vida adulta”, afirmam, citando depressão, síndrome do pânico, dependência química e distúrbios na aprendizagem, como alguns exemplos. “Além disso, presenciar violência frequente pode desencadear Transtorno do Estresse Pós-Traumático, e perdurar durante bons anos de vida acarretando diversas dificuldades”.