Família

Boate Kiss: como a família das vítimas do incêndio reagiram no julgamento dos réus

Reprodução / G1

Publicado em 11/12/2021, às 05h51 - Atualizado às 05h52 por Redação Pais&Filhos


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Nesta última sexta-feira, 10 de dezembro, o Tribunal do Júri do Foro Central de Porto Alegre determinou a condenação dos quatro réus culpados pelo incêndio da Boate Kiss, em 2013. Familiares das 242 vítimas estavam presentes no local e manifestaram emoção diante da decisão da justiça. Pais, irmãos, primos, tios e amigos das vítimas, ficaram em silêncio e choraram de mãos dadas.

“Nós não temos aqui momento nenhum para comemorar, a não ser a comemoração da conquista da justiça, para mostrar para aquelas pessoas que nos taxavam como vingativas e rancorosas que nunca foi verdade. Sempre lutamos pela Justiça, e ela prevaleceu”, disse Flávio Silva, presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM).

Familiares das vítimas do incêndio da Boate Kiss (Foto: Reprodução / G1)

Elissandro Callegaro Spohr, Mauro Lodeiro Hoffmann, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Augusto Bonilha Leão, foram os quatro réus levados à condenação pelo juiz Orlando Faccini Neto. As penas foram determinadas de 18 a 22 anos de prisão por homicídio simples sem dolo eventual. No entanto, a concessão do habeaas corpus foi estendida a todos, que ficarão em liberdade.

Durante o processo de julgamento, as famílias ficaram sentadas, trocando abraços e consolos. Receberam apoio também das equipes de psicologia e enfermagem. Em nome dos pais, amigos, irmãos e tios, Flávio afirmou: “Que nunca mais se repita!”, em alto tom e todos repetiram a mesma frase.

“Essa vitória não é nossa. Essa vitória é da população, e para que sirva de lição para alguns empresários que tomem tento e saibam que, de agora em diante, aqueles que falharem, de serem punidos. Que sirva de exemplo para que tragédias como essa da Kiss nunca mais se repita”, concluiu ele.

“Estamos satisfeitos com a condenação. É um marco nesse tipo de tragédia. É um aviso a todos aqueles que queiram receber jovens em seus estabelecimentos, que o Brasil vê isso como algo muito sério. E que não se repita”, afirmou o promotor David Medina, emocionado.

“Que fique de lição para empresários que tenham um estabelecimento, que cuidem das pessoas que estão lá dentro”, afirmou Kellen Ferreira, uma das sobreviventes do acidente.

O acidente aconteceu em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, no dia 27 de janeiro de 2013, deixando 242 pessoas mortas e 636 feridas pelo fogo. Essa foi considerada a maior ocorrência atendida no estado e a segunda maior do Brasil. O caso comoveu o país e afetou a vida de centenas de famílias que perderam entes queridos no incêndio.

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