Família

Divórcio humanizado: saiba por que é um direito da família e a importância do bom relacionamento

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Publicado em 21/01/2021, às 08h10 - Atualizado em 09/05/2022, às 08h23 por Cinthia Jardim


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Como uma alternativa de descomplicar o processo doloroso do fim do casamento, muitas famílias têm optado pelo divórcio humanizado, que consiste em técnicas de mediação que sejam benéficas para os dois lados, principalmente quando se tem filhos. Dessa maneira, fica mais simples chegar a um acordo, além de trazer menos mágoas.

Mas você sabia que esse método é considerado um direito da família? Para esclarecer a respeito do tema, conversamos com Debora Ghelman, advogada especializada em Direito Humanizado nas áreas de Família e Sucessões, atuando na mediação de conflitos familiares a partir da Teoria dos Jogos, mãe de Diana e Thiago, que tirou as principais dúvidas sobre o assunto.

A advogada explica como funciona a mediação de quem está visualizando de fora a situação quando o processo do divórcio é realizado de maneira humanizada. “Em outras palavras, os advogados conseguem, quando eles praticam a advocacia humanizada, enxergar quais os verdadeiros e principais interesses das posições e seus clientes e assim facilitar a realização no acordo do divórcio”, explica.

O divórcio humanizado é um direito da família, pois preserva as relações, a harmonia, minimiza as guerras familiares, as brigas e seu principal objetivo é trazer a paz (Foto: Getty Images)

Sem desgaste emocional

Apesar de não ser um momento fácil na vida da família, realizar o processo de maneira humanizada pode ajudar a evitar certos traumas e desgastes emocionais. Mesmo com o auxílio de advogados, a especialista da área recomenda o apoio psicológico e de mediadores quando necessário.

Com uma rede de apoio forte, podendo contar até mesmo com a ajuda de amigos e parentes, não é preciso tornar o momento mais complicado do que já é. A dica é prezar pelo diálogo, respeito mútuo e pela auto composição. A partir do divórcio humanizado, a advogada comenta que ele é um direito da família, pois “preserva as relações, a harmonia, minimiza as guerras familiares, as brigas e seu principal objetivo é trazer a paz”.

Como devo contar para o meu filho?

Desde o início, é superimportante contar às crianças que os pais estão se divorciando, que a relação de casados terminou, mas que a de pai e mãe irá continuar para sempre. “O divórcio humanizado evita o crescimento, o aumento da briga, do conflito entre o casal. Certamente, o sofrimento pode causar traumas no futuro, por isso é importante os filhos menores serem preservados no momento do divórcio. Eu sempre digo que no momento do divórcio os filhos são os principais interessados, os principais personagens, e eles sim é que tem que ter os seus interesses preservados para não ocorrer danos no futuro”, comenta Debora.

Nada de alienação parental

A advogada aponta ainda como benefício do divórcio humanizado a maneira de evitar que a alienação parental aconteça, pois é um momento importante em que os pais podem abrir os sentimentos com o advogado e explicar a sua dor. Desta maneira, como mediador, o profissional pode dar as melhores orientações para que o pai ou mãe não coloque a criança um contra o outro.

“Pressionar a criança para tomar partido de ficar do lado de um dos pais configura alienação parental. Nenhum dos pais pode fazer isso, porque é direito da criança conviver com ambos os genitores”, reforça Debora.

O divórcio humanizado faz toda a diferença no processo de separação (Foto: Getty Images)

Diálogo é tudo

Mesmo após o fim do casamento, a advogada comenta sobre a importância de continuar mantendo o bom relacionamento pelo bem-estar dos filhos. Nós sabemos que nenhum casal é perfeito, mas é superimportante que não haja ofensas ou qualquer tipo de desrespeito na frente das crianças, pois cabe aos pais preservar a saúde emocional dos filhos.

“A principal dica para continuar mantendo o bom relacionamento é sempre o diálogo entre o ex-casal, principalmente se houverem filhos menores. Eu sempre digo para os meus clientes evitarem brigas e sempre procurarem um consenso. E cabe ao advogado humanizado auxiliar o cliente nesse momento”, conclui Debora Ghelman.

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