
A hidroxicloroquina, remédio usado no tratamento de lúpus e artrite reumatoide, aumentou a esperança para o combate do novo coronavírus. Apesar de ainda não ter evidências conclusivas, cientistas de diversos países estão se dedicando aos estudos e quais efeitos o medicamento provoca nos pacientes.
No Brasil, pesquisadores do Hospital Israelita Albert Einstein, HCor, Sírio Libanês e BRICNet juntaram esforços para obterem respostas sobre a eficácia da hidroxicloroquina. Em entrevista à Uol, Otávio Berwanger, diretor de pesquisas clínicas do Hospital Israelita Albert Einstein, esclareceu dúvidas sobre o trabalho minucioso.
“O estudo será feito de forma colaborativa. Consideramos que não é o momento de uma instituição competir com a outra, mas se unir para conseguir resultados o mais rápido possível. Desenhamos um projeto que envolve centenas de pacientes e será dividido em três etapas”, explicou. Durante todo o processo, haverão cerca de mil voluntários.

Sobre as diferenças entre a hidroxicloroquina e a cloroquina, Otávio explicou que são composições distintas, mas muito parecidas em benefícios clínicos. “Optamos pela hidroxicloroquina porque a droga tem um tempo de ação e perfil de segurança que parecem apropriados para serem testados nos pacientes, mas só os resultados poderão confirmar”.
Ele informou ainda que os testes em pacientes devem começar nos próximos dias. “O projeto foi montado em tempo recorde. Idealizamos em questão de dias o que geralmente é feito em seis ou até 12 meses. Agora, estamos em fase de aprovação”. Sobre os primeiros resultados, Otávio afirma que está se esforçando para que aconteçam o mais rápido possível, em cerca de dois meses.
No projeto, 70 hospitais de todas as regiões do Brasil estão envolvidos. Diversos profissionais de saúde estão sendo treinados para que ainda possam atuar no estudo e que todos os pacientes sejam atendidos por ótimas equipes.
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