O analista de sistemas Henrique Batista precisou fazer um transplante de pulmão após complicação de Covid-19. Com apenas 33 anos ele foi internado no Hospital das Clínicas dia 18 de Março, e precisou ser entubado dia 1 de Abril. Após agravamento no quadro de saúde, Henrique foi levado à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do InCor no dia 13 de Abril, e iniciou o tratamento com ECMO.
ECMO significa Oxigenação por Membrana Extracorpórea, esse é um dos últimos recursos que os médicos utilizam em pacientes cujo pulmão foi comprometido pela Covid. O primeiro tratamento desse tipo foi feito no Japão em abril deste ano.

Henrique foi o único paciente que sobreviveu a esse procedimento, o Hospital InCor já havia realizado outras 3 vezes e nenhum havia conseguido. “Sem o transplante, ele morreria. O pulmão ficou completamente fibrosado. Fica impossível respirar com esse pulmão”, contou o fisioterapeuta respiratório de Henrique em entrevista ao G1.
O analista ficou com os aparelhos que auxiliam na respiração até dia 20 de Agosto, foi quando conseguiu um novo pulmão. Os médicos contam que a reabilitação levará de 3 a 6 meses, e Henrique precisará de acompanhamento médico pelo resto da vida.
Após tudo isso Henrique deu entrevista ao G1 contando como se sente: “Esse período de internação me fez enxergar a vida com mais leveza, mais pé no freio, sabe? Pra mim, ficar esse tempo longe da minha família (esposa e filho) me fez ter forças pra lutar a luta que fosse e foi o que aconteceu”. A família já tem planos de viajar no final do ano e aproveitar.