No último sábado, dia 4 de março, a atriz Klara Castanho foi ao programa da TV Globo “Altas Horas”, em um episódio especial por conta do Dia da Mulher.
Durante o programa, Klara Castanho falou sobre o vazamento de informações após ter sido vítima de um estupro, engravidado e dado o bebê a adoção. No programa, também estavam outras mulheres famosas na mídia, como a ex-BBB Tina Calamba e a jornalista Sandra Annenberg.
Após o relato de Klara Castanho, Sandra Annenberg, que é mãe de Elisa Annenberg, saiu de sua cadeira e foi de encontro com Klara para a consolar enquanto ela chorava. Neste domingo, dia 5 de março, Sandra compartilhou uma homenagem para Klara. Na legenda, ela escreveu: “Ainda sobre o Altas Horas… Klara Castanho, repito aqui o que eu te disse neste abraço: ‘Você é muito forte e corajosa! Você nos representa e eu te admiro muito!’. Recebi muitas mensagens dizendo que eu te dei o abraço que todos queriam dar. Então, sinta-se abraçada por todos e que este abraço simbolize o quanto você é querida e o quanto todos te apoiam, amparam e acolhem!”.
Entenda o caso
Na noite de sábado, 4 de março, uma das convidadas do programa ‘Altas Horas’, apresentado por Serginho Groisman, foi a atriz Klara Castanho, de 22 anos.
O principal assunto falado por ela foi o triste abuso sexual, seguido de gravidez, que viveu em 2022 e o vazamento dessas informações na mídia. Essa foi a primeira vez que a atriz fala sobre o caso em rede aberta no programa que foi dedicado ao Dia das Mulheres.
Logo de inicio quando foi apresentada por Serginho ao público, ela contou sobre a decisão de participar do programa para falar sobre algo tão delicado: “É a minha primeira aparição pública. Eu escolhi vir aqui porque você, Serginho, é muito cuidadoso, sempre me recebeu muito bem e é uma plateia muito amistosa e respeitosa. Meu coração está muito acelerado, é muito provável que, em algum momento, eu vá chorar. Eu quero te agradecer por espaço”, disse Klara.
Ela também falou sobre a decisão de se recolher e o respeito do público: “Foi um período de recolhimento voluntário. Depois de tudo o que aconteceu no ano passado, eu cheguei no meu limite do que poderia, conseguiria e consigo falar. Eu quero, antes de mais nada, abrir o programa falando sobre isso porque eu sei que é um assunto latente, eu sei que é um assunto que, por ser a minha primeira vez publicamente, é o que as pessoas querem saber e estão em busca. Eu fui forçada a trazer a público a coisa mais difícil da minha vida. Eu nunca imaginei que eu teria que falar e lidar com isso além das pessoas que, involuntariamente, foram incluídas na história, que são a minha família. Eu tenho muita sorte de ter recebido muito acolhimento. As pessoas foram muito gentis comigo. Eu tenho uma rede de apoio maravilhosa e uma equipe que me defende. Eu recebo mensagens de muito carinho. Por mais que as pessoas não entendam, elas escolheram respeitar a minha decisão”.
Por fim, Klara falou sobre creditar na Justiça e que fez o que o psicológico dela permitia diante a difícil situação: “Tem uma coisa que eu quero deixar aqui registrado, que é a única coisa que ainda tentam usar contra mim de alguma forma. Depois que vim a público, de novo, de forma forçada, eu denunciei todos os crimes aos quais fui submetida. Todos, sem nenhuma exceção. E o que me resta neste momento, e ainda bem, é confiar na Justiça e eu confio muito. Não só na Justiça, mas numa justiça maior. Eu fiz o que eu podia e o que o meu psicológico podia aguentar e pode. Que bom que eu estou aqui, que bom que é com você, que bom que é com mulheres tão fortes e tão potentes. Finalmente eu consigo chorar, eu consigo colocar para. E mais uma vez eu quero muito agradecer o acolhimento de cada um, cada olhar de carinho e de amor, cada carinho que eu recebi e recebo todos os dias. Que bom que foi agora e que bom que foi dessa forma., contou ela emocionada e também emocionando o público e convidados.