O caso teve início em junho de 2022, quando Antônia Fontenelle divulgou e fez críticas a Klara Castanho por ter entregado para adoção um bebê recém-nascido, resultado de um estupro. As declarações de Fontenelle foram amplamente divulgadas e questionadas nas redes sociais.

Klara Castanho revelou em uma carta aberta, publicada em seu Instagram, que gerou o bebê após ter sido vítima de estupro. Ela explicou que descobriu a gravidez apenas no final da gestação e, por isso, decidiu dar a criança para adoção.
No relato, Klara afirmou: “Esse é o relato mais difícil da minha vida. Pensei que levaria essa dor e esse peso somente comigo. Sempre mantive a minha vida afetiva privada, assim, expô-la dessa maneira é algo que me apavora e remexe dores profundas e recentes. No entanto, não posso silenciar ao ver pessoas conspirando e criando versões sobre uma violência repulsiva e de um trauma que sofri. Fui estuprada”.

A atriz também explicou que tomou todas as precauções médicas após o abuso sexual, realizando exames e tomando a pílula do dia seguinte. No entanto, ela só descobriu a gravidez quando já estava próxima do término da gestação.
Klara ainda afirmou que não tinha condições emocionais de cuidar da criança e que tomou a decisão de dar o bebê para adoção para garantir sua vida e seu futuro em segurança. Ela ressaltou que seguiu todas as etapas legais e que cada passo foi documentado de acordo com a lei.
Após a publicação da carta de Klara Castanho, a influencer Antônia Fontenelle fez comentários em uma live, insinuando que a atriz teria cometido um crime ao entregar a criança para adoção. A juíza Flávia Viveiro de Castro, da 2ª Vara Cível da Barra, no Rio de Janeiro, considerou as declarações de Fontenelle ofensivas e contrárias aos princípios da dignidade da pessoa humana. Além disso, ressaltaram que a exposição pública do caso violou a privacidade de Klara, uma vez que ela não desejava tornar a violência sexual e a decisão de dar o bebê para adoção um assunto de conhecimento público.

Antônia Fontenelle foi condenada a pagar uma indenização de R$ 50 mil a Klara Castanho por danos morais. Além disso, Klara também abriu uma queixa-crime contra Antônia Fontenelle, o jornalista Leo Dias e Adriana Kappaz, criadora de conteúdo, por calúnia, difamação e injúria, devido à exposição indevida de sua história pessoal.
A defesa de Klara argumentou que Leo Dias injuriou a atriz, insinuando que ela vendia uma imagem de “santinha” e que sua história era apenas uma “trama”, além de colocar em xeque a fé na humanidade. Já Antônia Fontenelle foi ainda mais longe, afirmando que Klara não quis olhar para o rosto da criança e chamando a situação de “monstruosa” e que a atriz teria cometido um crime.

No entanto, vale ressaltar que a decisão ainda cabe recurso por parte da defesa de Antônia Fontenelle. Ainda assim, a vitória de Klara Castanho nessa primeira instância representa um importante reconhecimento do Judiciário sobre os danos causados pelas declarações públicas feitas pela youtuber.
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