
Luiza Altmann é filha de Pedro e Larissa, ela vem de uma família de esportistas e é promessa no golfe feminino pelo Brasil para as próximas Olimpíadas. Hoje ela vive nos Estados Unidos e já se tornou golfista profissional disputando em diversos países e colecionando conquistas.
Mas tudo isso começou cedo, com o apoio e total suporte da família. “Meu marido sempre gostou de jogar golfe e ele ficou um tempo sem jogar. Depois do casamento e de nossa filha, perguntei se ele gostaria de voltar para o esporte. Ele disse que não queria dividir a família e só iria se nós três fossemos juntos”, conta Larissa sobre o primeiro contato da filha com o golfe aos 11 anos de idade. A mãe disse que desde o começo, Luiza decidiu que a carreira dela seria golfista.
Então a saga começou, o desempenho de Luiza no golfe era muito impressionante. Quando a menina completou 15 anos se tornou a melhor junior e adulta ranqueada no Brasil. “Resolvemos morar nos Estados Unidos, fiquei com ela para poder dar a chance de um suporte maior. Na época, não tínhamos tantos profissionais aqui no Brasil”, relembra a mãe.

Larissa largou tudo para trás pelo sonho da filha. “Os primeiros 5 meses foram muito difíceis, estávamos na Carolina do Sul completamente isoladas. Ela não gostou da academia, então descobrimos uma outra em Orlando e fomos para lá”, conta.
Tudo foi sempre na correria e no sacrifício. Mas hoje os pais têm um sentimento de dever realizado. “Essa é a nossa função. O bom fruto sempre cai perto da árvore. Luiza é determinada, perseverante e focada. No golfe não tem juiz, nele você controla seus pontos e objetivos. Eu gostaria de ter metade da garra da minha filha”, comenta Larrissa.
A mãe aconselha que o apoio dos pais faz toda a diferença no desempenho dos filhos. A criança precisa saber que você está do lado dela. “Digo para a minha filha que se ela desistir do golfe, vamos apoiar. Sempre apoiamos as decisões dela”, reforça.

“Meus pais fizeram muitos sacrifícios por mim para eu poder realizar meu sonho. Eu não teria conseguido sem eles. O golfe é um esporte muito imprevisível, às vezes você joga bem e outras joga mal. Os dois sempre me explicavam que isso faz parte da vida e que eu poderia melhorar”, diz Luiza.
Agora que ela se tornou golfista profissional, os pais retornaram ao Brasil. “Treino das 8h da manhã até às 17h. Também estudo administração. Meus pais procuram sempre acompanhar os meus torneios”, conta. Luiza já competiu na Venezuela, Colombia, Equador, Peru, Chile, Argentina, Uruguai, México, Estados Unidos, Portugal, Marrocos, França, Inglaterra, Alemanha, República Checa, Finlândia, Malásia, Tailândia, Hong Kong, China, Japão, Coréia, Austrália e África do Sul.
A mãe de Luiza dá um conselho caso o seu filho tenha o sonho de crescer em algum esporte: esteja presente. “O esporte dá foco, faz a criança ter objetivo de vida. Esteja junto do seu filho. Você vai ter que abrir mãe de algumas coisas. Por muitos anos eu não soube o que era um fim de semana para mim. Mas vale a pena!”, aconselha. Hoje ela diz sentir falta da filha, mas está muito feliz em ver que a filha está alcançando seu plano de vida.

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