A mãe do menino de sete anos que caiu do quarto andar do prédio em que morava no Rio de Janeiro, fez um desabafo sobre o que está sentindo após a morte do filho, Hallan.
Ela contou que não tinha deixado o menino sozinho, que ele estava com o irmão mais velho, de 9 anos: “Só quero que parem de falar o que não sabem. Eu não deixei meus filhos sozinhos. O meu único erro foi ter confiado em quem não deveria. Respeitem minha dor, só eu sei o quanto eu amava e fazia de tudo pelos meus filhos”, disse Jéssica Silva Ramos nas redes sociais.

Em seguida, ela falou sobre a culpa que sente por ter perdido o próprio filho: “Vou carregar essa culpa para o resto da minha vida. Nada e nem o tempo vai amenizar a dor que eu estou sentindo, e esse buraco que vai ficar para sempre na minha vida!”, escreveu ela, mas logo depois apagou as postagens.
Entenda o caso
No último domingo, 26 de fevereiro, um menino de apenas sete anos, tentou ir para ao outro quarto pela janela, se desequilibrou e caiu do apartamento, de uma altura de cerca de 20 metros. Hallan Luis Silva Ramos foi socorrido ainda com vida, mas não resistiu e morreu. O caso aconteceu em Andaraí, no Rio de Janeiro.
De acordo com o G1, Jéssica, a mãe da criança, ainda não foi localizada e não atendeu as ligações. Segundo o Conselho Tutelar de Vila Isabel, Hallan estava em casa apenas com o irmão mais velho, de apenas 9 anos. Os dois meninos estavam sem a presença de um responsável e por volta das 11h30 a criança subiu na janela para ir para o quarto da avó, mas acabou se desequilibrando.

Testemunhas contaram à Polícia Militar que era comum os dois ficarem sozinhos em casa. Um dos vizinhos contou ao G1 que ouviu a queda.”Ninguém viu. Ele estava em casa, foi atravessar do quarto dele para o da avó dele pelo lado de fora. Escorregou e caiu. Quando eu escutei o grito, corri para a janela e o vi batendo aqui embaixo. Eu corri, desci e tentei reanimar, mas já estava difícil. Ele estava sem vida”.
Os policiais contaram que no dia do acidente, a mãe teria saído para um passeio de barco. Militares contam ainda que quando foram ao apartamento, o imóvel estava em “estado deplorável, com bagunça e deterioração”. Agora estão investigando se houve abandono de incapaz com resultado de morte. O caso foi registrado na 20ª DP.