Acada noite de apresentação, Marco Luque se transforma em pelo menos três ou quatro personagens para subir aos palcos, mas, sem dúvidas, o melhor papel dele na vida é ser pai de Isadora e mel, que têm 8 e 6 anos, respectivamente. “Eu tinha vontade de ter filhos há muito tempo, e logo que esse sentimento se intensificou a Isa veio de surpresa”, ele lembra.
Na época, o ator era casado com a jornalista Flavia Vitorino, que teve Síndrome HELLP durante a gestação, e a menina acabou nascendo prematuramente, mas saudável. “Foi um perrengue, foram momentos difíceis, mas deu tudo certo”, ele lembra. Como um bebê prematuro, Isa precisou ficar internada até atingir o peso mínimo para receber alta, que é 2 quilos. Nesse período, Marco lembra de passar horas cantando ‘Como é grande o meu amor por você’, de Roberto Carlos, enquanto a recém-nascida segurava o dedo dele. “Essa é uma música que eu aprendi com a minha mãe, me marcou muito”, ele conta.
A nova rotina e a descoberta da paternidade mexeu tanto com as emoções de Marco, que não demorou muito para que o desejo por aumentar a família aparecesse novamente. “A gente acabou se empolgando (risos). A Mel foi completamente planejada – tanto, que conversamos com diversos médicos para ter certeza de que a síndrome não iria aparecer de novo”. A paixão pela primeira filha foi tão grande, que ele lembra ter dado pulos de alegria ao saber que o bebê que viria era outra menina.
O que realmente importa
Há pouco mais de dois anos o relacionamento entre Marco e Flavia chegou ao fim, mas, juntos, eles souberam olhar com muito cuidado e carinho para a maior prioridade da vida deles: Isa e Mel. “Nós entendemos que a nossa relação, o nosso amor mudou e isso nos colocou num lugar muito bom, principalmente para as meninas”, ele reconhece.
Na prática, eles dividem o tempo e a guarda das filhas, que é superflexível e inclui a irmã de quatro patas, a Maya, um pastor de Shetland, que vai e vem da casa de cada um deles junto com as meninas toda semana. “As crianças querem ser felizes, querem estar bem e quando você proporciona isso pra elas, sem dificuldade, elas levam a situação numa boa”, ele acredita.
Juntos, seja como for
Prova da relação boa que eles levam, é que as viagens em família continuam sendo viagens em família – bem assim, ao pé da letra: ele fica num quarto, ela no outro, mas todos têm a chance de curtir o passeio juntos. “A presença faz toda a diferença!”, acrescenta. E isso vale também no momento de fechar as agendas de trabalho.
Marco tem quadro fixo no programa Altas Horas e neste mês volta com o show solo “Todos Por Um”, começando a turnê por São Paulo, mas que tem data marcada para passar por outros estados – e é aí que a rotina das meninas entra no jogo e dita os melhores momentos para ele poder viajar. “Depois que elas nasceram, eu me vejo como coadjuvante da minha vida. A minha cabeça está sempre nelas, estou sempre com saudades e não suporto passar muito tempo longe”, entrega.
Companheiras de vida
Como a diferença entre as meninas é pequena – quase dois anos – elas fazem quase tudo juntas. “Elas são melhores amigas e estão sempre pensando uma na outra. É lindo de ver”, ele conta e aproveita para lembrar a sua relação com os irmãos, Denis, dois anos mais velho, e Daniela, três anos mais nova. “Tivemos uma criação de muito amor, sempre fomos muito unidos – era a gente contra o resto! (Risos). E isso é o conceito de família para mim”.
E é isso também que ele procura ensinar às filhas durante as brincadeiras juntos. Formado em Artes Plásticas, Marco faz questão de desconectar de eletrônicos e colocar a mão na massa (literalmente) com as meninas. “O que a gente mais gosta de fazer é desenhar, pintar e brincar com argila – fazer artes no geral”.
O pai mais legal do mundo
Entre brincadeiras e piadas, ele entrega que se esforça para ser (e se considera) o pai mais legal do mundo. Título este, comprovado pelas juradas Isa e Mel, que não largam o pai e não param de rir um minuto ao lado dele. “O tempo que eu passo com elas, eu estou com elas de verdade, de corpo e alma!”, justifica. Mas não pense que essa tarefa é fácil, não. Apesar de não medir esforços para ver os sorrisos das filhas, o ator acredita que a parte mais difícil da paternidade é a educação de valores. “Apesar da minha alma de palhaço, acredito que ter filhos não é sobreviver a eles. Você cria seus filhos – e é preciso educar, direcionar, conversar, estar sempre próximo”, explica.
Por isso, além de fazer questão de fazer todas as refeições juntos, ele criou o ‘clubinho da verdade’, em que rola papo sério e a verdade sempre deve ser dita – custe o que custar. E isso é prova de amor. “Não tenho restrições de mostrar meus sentimentos e meu amor por elas. Sou muito realizado com as minhas meninas”.
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