Jacob Stevens, um adolescente de 13 anos, morreu após participar de um desafio viral nas redes sociais chamado “Desafio Benadryl”, que incentiva os participantes a ingerir altas doses do medicamento antialérgico Benadryl para induzir alucinações e filmar a reação do corpo.
O menino tomou mais de 14 comprimidos do medicamento e seus amigos filmaram o momento em que sua estrutura corporal começou a se contrair imediatamente. Ele foi internado no hospital, onde os médicos declararam morte cerebral seis dias depois. A família decidiu desligar os aparelhos que o mantinham vivo.
O pai de Jacob, Justin Stevens, disse que ‘foi demais para o corpo’ do menino. Ele também afirma que não havia nenhum varredura cerebral, mas isso não evitou o coma: “Os médicos disseram que poderiam mantê-lo na ventilação, que ele poderia ficar lá, mas que ele nunca abriria os olhos, nunca respiraria, sorriria, andaria ou falaria de novo’.

Especialistas alertam que as doses responsáveis pelas alucinações são muito próximas das quantidades que podem causar a morte. “Grandes doses de Benadryl podem causar convulsões e, principalmente, problemas cardíacos. O coração tende a perder o ritmo e não bombeia o sangue com eficácia”, afirmou o então diretor do Centro de Informações sobre Venenos e Drogas de Oklahoma, Scott Schaeffer.
Em 2020, uma menina de 15 anos também morreu participando do mesmo desafio. A família de Jacob agora se dedica a pressionar por mudanças na legislação para colocar restrições de idade em medicamentos de venda livre, como o Benadryl, e impedir que outras crianças participem de desafios perigosos como esse.
No funeral de Jacob, o pai tentou conscientizar os amigos do filho sobre os perigos de desafios como esse: “Eu apenas tentei dizer a eles para cuidarem uns dos outros e não convencerem seus amigos a fazer coisas assim”. É importante lembrar que a participação em desafios perigosos pode levar a sérias consequências e até à morte, e que a pressão social para participar dessas atividades deve ser combatida desde a raiz.