
Uma mulher de 31 anos se surpreendeu ao descobrir que seu pai biológico é o médico que realizou a fertilização in vitro de sua mãe e não do doador de sêmen.
A descoberta aconteceu por meio de exames de DNA. Eve Wiley fez os testes, porque seu primeiro filho passou por problemas médicos e ela queria estudar o histórico de saúde da família. Com pesquisa sobre sua genealogia, ela obteve esse resultado.
Até então, a mulher acreditava que o óvulo de sua mãe havia sido fertilizado com o doador 106, Steve Scholl, com quem desenvolveu uma relação de pai e filha até os 7 anos de idade, quando o homem faleceu. “Eu o chamava de pai. Nós passávamos feriados juntos”, contou ao Dallas Morning News.
A mãe de Wiley, Margo Williams e seu último marido recorreram a reprodução assistida após problemas de fertilidade do casal. E contou ao Dallas Morning News: “O médico sabia que eu sou sua filha”.
À ABC, o especialista contou que pediu a permissão do casal para usar outro doador anônimo, mas não disse que seria o dele. Ele justificou que as tentativas com o então doador já havia falhado cinco vezes e por isso tomou a atitude de misturar seu esperma com o dele.
Margo nega que tenha escutado e aceitado isso e disse que o médico era bem conceituado na área: “Todo mundo o respeitava e eu confiei totalmente nele”. Wiley apenas disse querer entender o porquê o especialista tomou tal atitude.
Após o caso, a mulher está indo atrás de escritórios legais para mudar a lei sobre esse tipo de ação e categorizar o ato como abuso sexual. “É muito importante proteger as pessoas vulneráveis”, falou ao Dallas Morning News.
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