A influencer conhecida como Cigana Esmeralda, Suyany Breschak, de 27 anos, que foi presa como suspeita de ser a cabeça no caso brigadeirão está enfrentando acusações que incluem ameaças de morte aos próprios filhos.
Cinco dias depois da polícia ter encontrado o corpo de Luiz , supostamente morto por ingerir um brigadeirão envenenado, Suyany enviou um áudio para Doroti, a ex-sogra e mãe de Orlando Ianovich Neto, ameaçando matar os próprios filhos envenenados
A mulher recebeu a mensagem aproximadamente as 19h do dia 25 de maio. A ex-nora, enviou um aúdio ameaçando os próprios filhos, de 6 e 9 anos, caso Orlando não voltasse com ela. O casal se separou ano passado, após 12 anos juntos.
Natasha Ianovich, ex-cunhada de Suyany e irmã de Orlando, registrou um TCO (termo circunstanciado de ocorrência) contra a influencer e conselheira espiritual. Além de denunciar as ameaças por parte da mãe dos garotos, a tia também relatou temer pela vida dos sobrinhos.
LeiaMais
O áudio que Suyany mandou para Doroti foi guardado pelo ex-marido e cedido ao UOL. Na mensagem, a Cigana parece desesperada e fala muito rápido: “Volta para casa, pelo amor de Deus, eu acabei de pedir veneno. Vou colocar veneno na comida dos meus filhos, eu estou dando para eles, eu estou fazendo. Eu vou tomar veneno, eu vou dar veneno para eles. Volta para casa agora, eu te amo, pelo amor e Deus. Volta para mim,”, falou.
Natasha registrou o caso no dia 26 de maio, na 126ª Delegacia de Polícia, em Cabo Frio, no Rio de Janeiro. Três dias depois, Suyany foi presa por suspeita de participação no envenenamento de Luiz, e os filhos foram morar com o pai.
A Polícia Civil informou, em nota, que o caso continua sendo investigado e que os encarregados estão “realizando diligências para esclarecer o fato”.
Ao UOL, Orlando comentou que está cansado com todo o “terror” a que vem sendo submetido por Suyany. Ele afirma que ela não aceitou a separação, que aconteceu ano passado. E que, desde então, vem ameaçando ele e a família. Ele acusou a cigana de tentativa de sequestro e de ter furtado um veículo que estava em sua propriedade. A polícia afirmou que está investigando ambos os casos.
“Uma coisa é ela fazer essas loucuras com a gente que é adulto. Mas quando se trata das crianças, aí a gente não acredita que uma mãe seja capaz disso. Mas é. Hoje conversei com a diretora da escola onde meus filhos estudam e descobri que a equipe já desconfiava que a Suyany maltratava as crianças. O meu mais velho confirmou. Diz que não quer voltar a ficar com ela. Estou cansado disso tudo.”, contou Orlando.
Segundo o pai, o filho mais velho já tinha relatado para a diretora da escola particular onde estuda. Ele teria confirmado que era agredido pela mãe.
Em uma mensagem de voz recebida pelo pai, a mulher conta que o garoto comentou sobre as agressões para as professoras e ao psicólogo da escola. Segundo o áudio, o menino não estava se alimentando, fazendo as lições de casa e se higienizando direito. “As questões da alimentação e do banho estão no relatório do psicólogo”, relata.
“Estou revoltado de ouvir que meus filhos eram espancados por essa mulher [Suyany]. Não sou eu falando, desconfiado do que acontecia. É a diretora da escola onde eles estudam. O áudio dela falando que ia matar nossos filhos envenenados, e que eu levei para o delegado do caso do bigadeirão, ajudou a polícia na investigação, os agentes me disseram. O que essa mulher fez não pode ficar impune.”, disse Orlando.
RELEMBRE O CASO
Por volta das 23h do dia 3 de junho, a psicóloga Júlia Pimenta, de 29 anos, suspeita de matar o até então namorado, Luiz Marcelo Antônio Ormond com um brigadeirão envenenado, se entregou à polícia no Rio de Janeiro. Já na delegacia, ela conversou com a família, mas não quis prestar depoimento.
Júlia estava sendo procurada pela polícia por suspeita de homícidio. O empresário e ex-namorado, Luiz Marcelo foi encontrado morto no Rio de Janeiro, em seu apartamento no dia 20 de maio. Os vizinhos sentiram um cheiro forte vindo da casa e ligaram para polícia.
No dia 29 de maio, outra pessoa foi presa, Suyany Breschak, que supostamente teria ajudado Júlia a vender bens do ex-namorado. Suyany relatou também que Júlia seria uma garota de programa e possuia dívida de R$600 mil com ela.
O advogado de Breschak diz que o único interesse da cliente era financeiro e que ela não possui nenhum envolvimento com o crima
