Janis Deville-Hallam, foi diagnosticada com câncer de mama aos 55 anos, mas diferente do comum, ela já sabia que poderia ter a doença, então não foi uma surpresa, ela contou que o primeiro pensamento que veio à cabeça dela quando foi diagnosticada com câncer de mama foi: “Ah, não vou sofrer da mesma forma que minha mãe”. Como ela sabia que teria a mesma doença da mãe, no momento do diagnóstico percebeu que iria se sentir da mesma forma que a mãe dela, Eileen, se sentiu.
A mãe de Janis, Eileen, tinha a mesma idade que a filha quando foi diagnosticada com câncer de mama, em 1984. Ela tinha um caroço, mas apenas quando ele estava crescendo para dentro que ela foi atrás de fazer uma mamografia de rotina. O resultado dos exames constataram que Eileen tinha uma mastectomia parcial e radioterapia, e durante anos, tanto ela quanto a família pensaram que ela havia vencido a doença. Mas depois que as irmãs também desenvolveram a doença, ela começou a se preocupar que pudéssemos ter o gene conhecido como BRCA.
A família de Janis está repleta de mulheres com a doença, além da própria mãe, outras quatro das seis tias de Janis desenvolveram a doença no período da meia-idade. A tia de Janis, Shirley, tinha 45 anos quando foi diagnosticada pela primeira vez e, aos 61, morreu de câncer de mama secundário, que, infelizmente, se espalhou por todo o corpo. Quando Eileen foi fazer o exame para descobrir se tinha tendências de ter a doença, ficou aliviada ao receber o resultado negativo. No entanto, foram alertados de que, embora não tivessem o gene BRCA, a probabilidade é que teriam um gene, que ainda não foi descoberto ou que ainda não foi identificado.
A mãe de Janis teve uma morte dolorosa causada pela doença, que mesmo tentando tratá-la, acabou não resistindo. No caso de Janis, ela descobriu que estava com câncer de mama em 2018, ao notar um caroço do tamanho de uma ervilha na parte superior do meu seio esquerdo, ao voltar de férias com o marido, Bob.
A médica de Janis por saber o diagnóstico que acompanhava as gerações da família, encaminhou ela para fazer exames e uma biópsia do nódulo. Após duas semanas, o cirurgião confirmou que eu tinha carcinoma ductal invasivo estágio 3. Ela não conseguia acreditar que a história estava se repetindo mais uma vez na família: “Eu tive flashbacks do que minha mãe passou: eu estive com ela todos os dias enquanto ela fazia seu tratamento para câncer de mama secundário, então eu sabia como era. Não pude deixar de pensar: ‘Sou eu, com minha filha cuidando de mim?’ Você questiona quanto tempo lhe resta.”, contou Janis.
“Meu corpo aguentou bem a quimioterapia, eu não estava muito doente e ia fazer compras depois. Como minha mãe, mantive a calma e continuei e tentei manter as coisas o mais normal possível para meus filhos e netos.
Eu nunca chorava na frente deles, mas às vezes eu ia ao banheiro, baixava a tampa do banheiro, sentava e chorava. Então eu molhava meu rosto com água e saía e continuava como se nada tivesse acontecido. Eu não queria que eles se preocupassem comigo.” contou Janis de como lidou com a doença diante da família: “Depois que minha mãe morreu, senti como se tivesse que assumir o papel dela na família, que precisava ser forte para todos os outros. Agora, embora eu tenha outras condições de saúde como fibromialgia, é uma sensação boa estar livre do câncer.”, acrescentou ela.
Além de se preocupar com a volta da doença, Janis também se preocupa com o futuro da filha: “Mas é claro que me preocupo com minha filha. Um gene pode estar lá, e se eu o tive e minha mãe e suas irmãs também, há uma forte chance de minha filha desenvolver câncer de mama também. Falei com ela sobre isso e ela me disse: ‘Claro que estou preocupada, mãe. Quando alguém da família tiver, isso é próximo, como você e minha avó, vou me preocupar.”, explicou ela.
