Na última segunda-feira, 26 de abril, o Ministério da Saúde divulgou uma nota técnica com novas orientações de vacinação em grupos de pessoas com comorbidades, deficiências permanentes e também gestantes e puérperas. De acordo com o documento apresentado, as grávidas e mulheres no pós-parto serão vacinadas em duas etapas, onde o primeiro caso apresenta algum tipo de comorbidade e o segundo não.
A previsão para a imunização contra a covid-19 está prevista para iniciar até o final de maio, mas de acordo com o governo, a apresentação de uma data exata irá depender da disponibilidade de doses. Até o momento, o Brasil já vacinou profissionais de saúde, povos indígenas, quilombos, idosos acima de 64 anos e população ribeirinha e está imunizando pessoas entre 60 a 64 anos.
Apesar de ainda não haver a testagem de segurança e eficácia para grávidas e puérperas, as vacinas utilizadas possuem vírus inativados, que já são utilizados em outros imunizantes pelo grupo, como a de Influenza. “Um levantamento de evidências sobre recomendações nacionais e internacionais de vacinação com vacinas covid-19 de gestantes, puérperas e lactantes, realizado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE), em sua maioria defende a vacinação das mulheres nessas condições, se pertencentes a algum grupo prioritário”.
Como as fases de vacinação para grávidas e puérperas irá funcionar
Fase 1: serão incluídas grávidas e puérperas com comorbidades, independentemente da idade. Vale lembrar que a imunização irá depender ainda da quantidade de doses disponíveis da vacina contra a covid-19.
Fase 2: neste caso, todas as grávidas e puérperas poderão ser vacinadas, sem ser necessário ter condições pré-existentes.
O que preciso levar para tomar a vacina?
Durante a primeira fase, é importante que a grávida apresente receitas, exames, relatório médico ou algum tipo de prescrição que comprove a existência da comorbidade. A previsão é de que as primeiras doses sejam oferecidas ainda no mês de maio.
Outros grupos prioritários também foram incluídos
Na primeira fase, além de grávidas e puérperas com comorbidades, serão incluídos também:
- Pessoas com síndrome de Down – independentemente da idade
- Pessoas com doença renal crônica em terapia de substituição renal (diálise) – independentemente da idade
- Gestantes e puérperas com comorbidades – independentemente da idade
- Pessoas com comorbidades de 55 a 59 anos
- Pessoas com Deficiência Permanente cadastradas no Programa de Benefício de Prestação Continuada (BCP) de 55 a 59 anos
Já na segunda fase, serão vacinados “proporcionalmente, de acordo com o quantitativo de doses disponibilizado, segunda as faixas de idade de 50 a 54 anos, 45 a 49 anos, 40 a 44 anos, 30 a 39 anos e 18 a 29 anos”:
- Pessoas com comorbidades
- Pessoas com Deficiência cadastradas no BCP
- Gestantes e puérperas independentemente de condições pré-existentes
O que são consideradas comorbidades para tomar a vacina contra covid-19?
São consideradas comorbidades: diabetes, hipertensão arterial resistente; hipertensão arterial estágio 3; hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade, pneumopatias crônicas graves, insuficiência cardíaca, doenças cardiovasculares, cor-pulmonale e hipertensão pulmonar, cardiopatia hipertensiva, síndromes coronarianas, valvopatias, doenças da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas miocardiopatias e pericardiopatias, cardiopatias congênita no adulto, próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados, arritmias cardíacas, doença cerebrovascular, doença renal crônica, imunossuprimidos, anemia falciforme, obesidade mórbida, síndrome de Down e cirrose hepática.
Lactantes devem interromper a amamentação?
Não! O recomendado é de que a mulher continue amamentando normalmente antes e após tomar a vacina. Vale lembrar que qualquer um dos imunizantes disponíveis poderão ser aplicados neste grupo.