Você finalmente está grávida e pronta para curtir cada detalhe da nova fase. Mas, em vez de comemora, tudo o que você consegue pensar é em… enjoo. E não é qualquer mal-estar passageiro: é aquela náusea persistente, que parece ter vindo para ficar.
Na maioria dos casos, os enjoos da gravidez dão uma trégua depois do primeiro trimestre. Segundo especialistas, isso acontece com cerca de 90% das mulheres. A má notícia é que, para os outros 10%, as náuseas podem se estender até por volta da 20ª semana — e, em casos mais raros, podem até durar até o final da gestação.
Dicas práticas para aliviar o enjoo
Por mais difícil que seja comer alguma coisa quando o estômago parece estar de pernas pro ar, manter uma alimentação leve e frequente pode ajudar, e muito. Nada de ficar longos períodos em jejum, pois isso pode piorar a náusea. Além da alimentação, existem outras estratégias que podem suavizar os sintomas:
- Coma algo antes de sair da cama: Um biscoito seco ou uma torrada podem preparar o estômago para o dia e evitar aquela náusea matinal intensa.
- Evite cheiros fortes: Perfumes, produtos de limpeza e alimentos com odor muito marcante tendem a piorar o enjoo.
- Evite alimentos gordurosos ou muito temperados: Prefira comidas leves, secas e com pouco cheiro.
- Respire fundo e devagar: Técnicas de respiração ou meditação podem ajudar a reduzir a ansiedade e, por tabela, melhorar o enjoo.
- Divida as refeições: Comer pequenas porções a cada 2 ou 3 horas evita o estômago vazio e ajuda a manter o desconforto sob controle.
- Beba líquidos aos poucos: A hidratação é essencial, mas tente beber em pequenos goles ao longo do dia. Água, água de coco ou chás suaves (como camomila) são boas opções.
- Evite deitar logo após comer: Dê ao menos 30 minutos antes de se deitar depois das refeições para evitar que o mal-estar piore.
- Crie uma rotina com horários regulares: Comer e descansar sempre nos mesmos horários ajuda o corpo a manter o equilíbrio e evita surpresas desagradáveis.
- Aromaterapia com cheiros suaves: Ter por perto um lenço com aroma de hortelã, limão ou gengibre pode aliviar o enjoo, especialmente em momentos de crise.

Sinais de alerta: quando o enjoo vai além do esperado
Em geral, o enjoo não faz mal ao bebê. Mas é importante ficar atenta a alguns sinais. Se os vômitos forem tão frequentes que impedem você de comer ou beber quase nada, ou se houver perda de peso, é hora de ligar o alerta. Pode ser um quadro de hiperemese gravídica, uma condição caracterizada por náuseas e vômitos intensos e persistentes durante a gestação. Diferente do enjoo comum, ela pode causar desidratação, desequilíbrio nutricional e perda significativa de peso, exigindo acompanhamento médico e, em alguns casos, até internação.
Também é bom observar se o enjoo aparece de forma repentina no segundo ou terceiro trimestres. Isso pode indicar algo além da gestação, como uma virose ou intoxicação alimentar. Se os sintomas durarem mais de um dia, vale procurar o médico para investigar.
Quando o enjoo volta depois de já ter passado
Você estava começando a comemorar o fim do enjoo… e ele volta com tudo? Calma! Isso pode estar relacionado à vitamina pré-natal, principalmente se ela contém ferro, que é conhecido por causar náusea em algumas pessoas. Uma dica é tomar a vitamina à noite ou logo após uma refeição. Às vezes, essa simples mudança já resolve o problema.
Claro, qualquer alteração deve ser feita com orientação médica. Vale conversar na próxima consulta e ajustar o que for necessário.
Enjoar faz parte, mas não precisa ser sofrido. Por mais incômodo que seja, o enjoo faz parte da jornada de muitas grávidas — e, na maioria dos casos, é passageiro. Com alguns cuidados no dia a dia, é possível atravessar essa fase com menos estresse e mais tranquilidade.