Kristi Kollar ficou grávida após um estupro que sofreu aos 17 anos. Mesmo com as dificuldades financeiras e críticas das pessoas que cercavam ela, decidiu não abortar a criança e deu à luz Adeline. “Minha filha é a luz e o propósito”, disse em entrevista ao Washington DC.
A mãe contou sua história de vida numa rede social chamada “Salvar el 1”. Kristi disse que quem a estuprou era seu amigo. “Era um manipulador, não conseguia me desfazer dele. Era o tipo de pessoa que ameaçava se suicidar e culpava os outros por não ter apoio”, escreveu.
A mãe lembra que na noite do estupro o rapaz a pegou de surpresa, atrás de uma caminhonete e começou a asfixiá-la. “Eu estava no último ano do ensino médio, em Montana, Estados Unidos. Tinha acabado de ser aceita na Universidade dos meus sonhos em Nova York“, continuou a jovem.
De acordo com Kristi, se existia o momento para não ter uma gravidez, era esse. “Como poderia colocar mais carga sobre meu pai? O que aconteceria com os meus estudos?”
Kristi conta que no começo decidiu esconder a gravidez. “Mas o aborto nunca foi uma opção, eu não queria me desfazer da minha filha e tentava pensar que aquilo não era culpa dela”, escreveu. Apesar das dúvidas e do medo, Kristi foi forte na sua decisão e conta que foi muito criticada por isso.
“Mas meu pai ficou do meu lado. Disse que me amava e estava orgulhoso da minha decisão”, relembra a jovem. Kristi lembra que o amigo que a estuprou admitiu a culpa e não fizeram nada contra ele. A família dele, na verdade, tentou pressionar ela para se casar com o rapaz. “Ficou claro que queriam esconder o que ele fez”.
Kristi conta que foram meses difíceis até o nascimento de Adeline. “No momento que vi minha filha, parece que a angústia aliviou. Realmente acredito que se não tivesse meu bebê, seria mais difícil me curar das agressões que eu sofri. Ela é a luz e o propósito da minha vida”.
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