Você já ouviu falar que abacate faz bem para a pele, o cabelo e até para o coração? Pois agora tem mais um motivo pra amar essa fruta cheia de personalidade: ela pode ajudar a proteger seu bebê de alergias alimentares. Um estudo feito na Finlândia trouxe essa novidade que interessa muito para quem está esperando um filho.
O que o estudo descobriu sobre o abacate e as alergias?
Pesquisadores finlandeses acompanharam mais de 2 mil mulheres grávidas e analisaram o que elas comiam durante a gestação. Aquelas que incluíam abacate na dieta tinham bebês com menos chance de desenvolver alergias alimentares no primeiro ano de vida. A diferença foi considerável: os filhos dessas mulheres tiveram 43% menos risco de apresentar alergias.

Mas calma, não é pra sair comendo abacate como se fosse a única salvação do mundo. O estudo não disse exatamente a quantidade necessária, então o segredo continua sendo o bom e velho equilíbrio.
O abacate é uma bomba de nutrientes do bem. Ele é rico em antioxidantes, vitaminas do complexo B, vitamina E, potássio e gorduras boas — aquelas que fazem bem pro coração e ajudam no desenvolvimento do sistema imunológico. Não é à toa que ele é um dos queridinhos da famosa dieta mediterrânea, que já foi associada a uma série de benefícios para a saúde, inclusive na gravidez.
A influência da alimentação da mãe
A pesquisa só reforça algo que os profissionais de saúde vêm dizendo há tempos: o que a mãe come na gestação tem impacto direto na saúde do bebê. Além do abacate, mulheres que seguiram uma alimentação equilibrada, com muitas frutas, verduras e grãos integrais, e que também amamentaram por mais tempo, tiveram filhos com menor risco de alergias.
Ou seja, o abacate é uma peça importante, mas faz parte de um quebra-cabeça maior: o estilo de vida da gestante.
E as alergias, afinal, por que estão aumentando?
Nos últimos anos, casos de alergia alimentar em crianças cresceram bastante. Especialistas acreditam que isso se deve a fatores como excesso de alimentos ultraprocessados, menor contato com ambientes naturais (como fazendas e quintais), pouca exposição a microrganismos do bem e até menor duração do aleitamento materno.
Além disso, a dieta da gestante pode influenciar diretamente nesse cenário. Alimentos ultraprocessados, cheios de aditivos, e carnes embutidas, por exemplo, estão na lista dos vilões quando o assunto é risco de alergias.
Estima-se que cerca de 8% das crianças brasileiras apresentem algum tipo de alergia alimentar. Entre os principais vilões estão o leite de vaca, ovo, soja, amendoim, frutas, peixes e crustáceos. E o problema pode vir acompanhado de outras reações, como asma, rinite e dermatite atópica.
Os sintomas vão de leves a graves: vermelhidão na pele, coceira, inchaço, dor de barriga, vômitos, chiado no peito e até queda de pressão e desmaio nos casos mais sérios, como a anafilaxia
Alergia alimentar não é a mesma coisa que intolerância
É comum confundir os dois, mas são bem diferentes. A alergia alimentar acontece quando o sistema imunológico reage de forma exagerada a uma substância que, em geral, é inofensiva. Já a intolerância é uma dificuldade do corpo em digerir certos ingredientes — como a lactose, por exemplo.
E atenção: um bebê alérgico ao leite de vaca pode ter uma reação grave se for exposto ao alimento, mesmo que seja em versão sem lactose. Então, nunca substitua alimentos sem orientação profissional.

Então, grávida pode comer abacate?
Pode, sim! O abacate pode ser usado em vitaminas, saladas, pastinhas ou até puro com um fiozinho de limão. Só não vale exagerar, lembre-se que, apesar dos benefícios, ele também é calórico. O ideal é sempre consultar seu médico ou nutricionista para montar um cardápio equilibrado durante a gravidez.
O importante é saber que pequenas escolhas feitas no prato hoje podem significar grandes ganhos na saúde do seu bebê amanhã. E se uma dessas escolhas envolve abacate, melhor ainda: além de saudável, ele é delicioso.